📊 O Grupo Equatorial (EQTL3) anunciou nesta quarta-feira (16), em apresentação a investidores, que sua estratégia de negócios nos próximos anos se concentrará nos setores de distribuição de energia elétrica e saneamento.
A empresa vê menor potencial de crescimento em geração e transmissão de energia, em um cenário de mercado desafiador, e priorizará novas oportunidades nessas áreas, especialmente por meio de investimentos orgânicos e parcerias estratégicas.
Na área de distribuição, a Equatorial planeja fortalecer sua presença com investimentos nas sete concessionárias que administra, cuja base de clientes abrange 34 milhões de pessoas, e ativos que somam mais de R$ 31,4 bilhões.
A renovação antecipada dos contratos de concessão de suas distribuidoras no Maranhão e Pará, previstos para expirar em 2028 e 2030, respectivamente, é um ponto central dessa estratégia.
A empresa já avalia solicitar à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a antecipação da renovação desses contratos já no próximo mês, o que poderia resultar em novos termos contratuais até abril de 2024.
Caso essa antecipação não se concretize, a Equatorial considera outras alternativas, incluindo a solicitação de renovação nos prazos normais: julho de 2025 para a distribuidora do Pará e agosto de 2027 para a do Maranhão.
No setor de saneamento, a Equatorial está focada em ampliar seus investimentos, especialmente através da Sabesp, companhia na qual passou a ser acionista de referência durante o processo de privatização.
A empresa planeja intensificar investimentos na modernização da infraestrutura, além de promover ajustes em cargos e salários para otimizar a operação.
➡️ Leia mais: Apagão em SP: Tarcísio pede fim da concessão da Enel e saída do Brasil
A expansão dos serviços de saneamento no Amapá e a participação em novas licitações, principalmente no estado de São Paulo, estão entre as principais apostas da companhia, que já tem projetos em andamento que podem atingir mais de 29 milhões de pessoas e somam R$ 87,2 bilhões em investimentos.
Embora a Equatorial mantenha interesse em geração de energia, essa área foi colocada em segundo plano devido à atual sobreoferta de eletricidade no Brasil, que pressiona os preços e limita a viabilidade de novos projetos.
Além disso, a empresa enfrenta desafios com os cortes de geração impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), especialmente em seus parques eólicos no Nordeste, que sofrem com os chamados "constrained-off".
Para mitigar os impactos, a Equatorial tem buscado ressarcimento por prejuízos através de ações judiciais relacionadas a seus empreendimentos em Serra do Mel, Ribeiro Gonçalves e Barreiras.
📈 No segmento de transmissão, apesar de ter reduzido sua participação recentemente, a empresa sinaliza que poderá voltar a atuar no setor caso apareçam oportunidades atrativas nos próximos leilões.
A companhia também registrou um aumento no número de consumidores ao final de março, alcançando 14 milhões de clientes.
Companhia aprovou aumento de capital de R$ 32,6 milhões, devido ao exercício de opções de compra
