Engie Brasil (EGIE3) paga dividendos de R$ 0,88 por ação, mas lucro cai 34% no 2T25

Companhia elétrica vê lucratividade encolher por conta de indenização pontual de R$ 262 milhões há um ano.

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Publicado em 07/08/2025 às 20:09h - Atualizado 7 horas atrás Publicado em 07/08/2025 às 20:09h Atualizado 7 horas atrás por Lucas Simões
Data-com dos proventos da EGIE3 ocorre no dia 21 de agosto de 2025 (Imagem: Divulgação)

A Engie Brasil (EGIE3) divulga ao mercado nesta quinta-feira (7) tanto a distribuição de dividendos aos seus investidores quanto os seus resultados obtidos durante o segundo trimestre do ano (2T25).

No caso, a companhia elétrica remunerará R$ 719,1 milhões em proventos isentos da cobrança de imposto de renda, equivalentes a R$ 0,88 por ação ordinária.

Embora o conselho de administração da Engie Brasil ainda não tenha definido uma data de pagamento dos dividendos intercalares, os investidores da companhia já precisam ficar atentos.

Pois, no próximo dia 21 de agosto de 2025 (quinta-feira), está marcada a data-com para se ter direito a receber o dinheiro, correspondente a 55% do lucro líquido distribuível do primeiro semestre do ano.

Ou seja, a partir do dia 22 de agosto de 2025 (sexta-feira), as ações da Engie Brasil não darão mais acesso (data-ex) ao pagamento de proventos intercalares ora anunciados.

Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em EGIE3 há 10 anos, hoje você teria R$ 2.684,10, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado R$ 2.812,20 nas mesmas condições.

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Resultados da Engie Brasil

O lucro líquido de R$ 564 milhões obtido pela companhia no 2T25 encolheu −34% na comparação com o mesmo período de 2024, inferior em R$ 291 milhões, já que os resultados há um ano tiveram benefício indenizatório de R$ 261 milhões.

Já o ebitda ajustado (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) foi de R$ 1,86 bilhão no 2T25, com margem ajustada de 60,5%. Na comparação anual, tais indicadores recuaram −4,4% e 9,2 pontos percentuais, respectivamente.

Conforme o relatório de resultados, o 2T25 foi marcado por avanços significativos nos projetos em construção da Engie Brasil, em especial, a conclusão do Conjunto Eólico Serra do Assuruá, situado na Bahia. São 165 dos 188 aerogeradores já em operação comercial e 23 em teste.

O projeto é composto por 24 parques eólicos e 846 megawatts de capacidade instalada. Trata-se do maior parque eólico do Grupo Engie no mundo, que, na verdade, é um grupo empresarial francês.

Em termos de receita operacional líquida, a companhia elétrica totalizou R$ 3,08 bilhões no 2T25, crescimento de +10,1% na comparação anual, ao passo que a quantidade de energia vendida somou 9.290 GWh, incremento de +4,8%, respectivamente.

Por sua vez, o preço médio dos contratos de venda de energia, líquido dos tributos sobre a receita e das operações de trading, foi de R$ 217 por MWh no 2T25, valor -1,6% inferior ao registrado um ano antes.

No final de junho de 2025, a dívida líquida total da Engie Brasil era de R$ 21,56 bilhões, aumento de +4,3% em relação ao reportado no final de março de 2025. Quanto aos investimentos no 2T25, a cifra somou R$ 781 milhões.