Na verdade, trata-se de um duplo pagamento de
juros sobre o capital próprio (JCP), que totalizam cerca de R$ 580 milhões, cifra equivalente a até R$ 0,47 por ação, ainda sujeita à cobrança de imposto de renda, cuja alíquota é de 15%.
O primeiro JCP, no valor bruto de R$ 0,26 por ação, só é exigível para quem detinha ações da Neoenergia na
data-com em 17 de dezembro de 2024. Portanto, as ações adquiridas a partir de 18 de dezembro de 2024 não têm direito (
data-ex) ao provento.
Já a segunda leva de JCP, com valor bruto de R$ 0,21 por ação, só cairá na conta dos investidores da companhia elétrica que atenderam à data-com estipulada em 17 de junho de 2025. Ou seja, as ações comparadas a partir de 18 de junho de 2025 não têm mais acesso (data-ex) ao provento.
Ambos os JCP anunciados pingarão em dinheiro na conta dos acionistas da
companhia elétrica no próximo dia 19 de dezembro de 2025 (sexta-feira).
Com valor de mercado de R$ 39,02 bilhões, a Neoenergia está presente em 18 estados brasileiros, especialmente no Nordeste. Todavia, a elétrica é controlada pelo conglomerado espanhol Iberdola, o qual já detém 83,8% do capital da
NEOE3 e oferece R$ 32,50 por ação aos acionistas minoritários no âmbito da
Oferta Pública de Ações (OPA).
Segundo dados do
Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em
NEOE3 há cinco anos, hoje você teria
R$ 2.357,30, já considerando o reinvestimento dos
dividendos e JCP. A simulação também aponta que o
Ibovespa teria retornado
R$ 1.399,90 nas mesmas condições.