Ibovespa dribla novela do IOF e sobe com ajuda de EMBR3 e PETR4
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💰 A AirAsia, companhia aérea de baixo custo com sede na Malásia, está prestes a anunciar uma encomenda de cerca de 100 jatos regionais, com Airbus e Embraer (EMBR3) entre os concorrentes finais.
A definição deve ocorrer na Feira Aérea de Paris, na próxima semana, segundo fontes próximas às negociações.
Embora o modelo Airbus A220 esteja em vantagem por já compor a frota da companhia, a brasileira Embraer ainda é forte candidata, graças à agilidade de entrega e melhores condições de financiamento, pontos cruciais para a decisão da AirAsia.
A companhia busca um acordo que combine performance operacional com viabilidade financeira, especialmente após o período de reestruturação vivido durante a pandemia de Covid-19.
Liderada por Tony Fernandes, empresário conhecido por sua agressividade comercial, a AirAsia opera atualmente com 240 aeronaves, majoritariamente da família Airbus A320, e possui um backlog superior a 350 aeronaves.
Um novo contrato para jatos regionais pode sinalizar uma mudança de estratégia, com foco em rotas de menor densidade e maior eficiência operacional.
Fontes indicam que Fernandes viajará pessoalmente a Paris para selar o anúncio, o que reforça o peso estratégico do negócio para o grupo.
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Para a Embraer, conquistar esse pedido seria um marco. Além de reforçar sua presença na Ásia, região onde a fabricante brasileira já tem avançado com acordos com Scoot (Singapore Airlines), Virgin Australia e ANA (Japão), um contrato desse porte representaria um dos maiores pedidos da história da empresa com uma única companhia aérea.
O jato E2 da Embraer acumula 334 pedidos firmes, com 175 ainda pendentes de entrega. A fabricante tem enfatizado sua capacidade de acelerar a entrega das aeronaves, o que pode ser um diferencial relevante diante dos atrasos enfrentados por concorrentes.
Do lado europeu, a Airbus aposta no A220 como solução complementar à sua dominante linha A320.
No entanto, o modelo vem enfrentando desempenho comercial modesto: foram apenas 17 pedidos brutos em 2024 e nenhum em 2025 até agora.
Um pedido de três dígitos da AirAsia poderia revitalizar o programa A220, que tem lidado com problemas na cadeia de suprimentos e produção limitada nas fábricas de Mirabel (Canadá) e Mobile (EUA).
Apesar das dificuldades, o A220 segue com 486 pedidos a entregar, e a Airbus conta com o relacionamento histórico com a AirAsia para manter a liderança nas negociações.
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💲 Com as conversas em estágio avançado, o desfecho pode depender de quem oferecer o pacote mais atrativo de financiamento e entrega.
Ambas as fabricantes evitam comentar oficialmente o assunto, mantendo o tom de confidencialidade habitual para negociações dessa magnitude.
A eventual escolha da AirAsia não apenas movimentará cifras bilionárias, como também terá impacto direto na geopolítica comercial da aviação regional.
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