Embraer (EMBR3): Eve prevê produção do 1º ‘carro voador’ ainda este ano
O foco é produzir um veículo real, que será usado para futuros testes e certificação junto à ANAC.
✈️ Já não há mais dúvidas de que a brasileira Embraer (EMBR3) quer disputar espaço no mercado aéreo com as rivais Boeing e Airbus. Para conseguir alcançar o sucesso, a empresa tem três cartas na manga, conforme destacaram os executivos nesta semana.
A primeira delas é passar a fornecer aeronaves intermediárias para as companhias aéreas brasileiras Gol e Latam. Recentemente, a empresa destacou que negocia a venda do modelo E2 como forma de dobrar sua receita até 2030.
"Este é um momento em que há interesse e mais foco neste segmento", disse o CEO Francisco Gomes Neto em entrevista à Bloomberg. Atualmente, a Azul é a única parceira nacional para este tipo de aeronave.
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Já no campo da defesa, a fabricante pode fechar um M&A nos Estados Unidos para vender o cargueiro C-390 para o governo. A meta é entrar de vez neste mercado que tem recebido investimentos massivos dos EUA.
“Temos uma estratégia desenhada para os Estados Unidos”, disse João Bosco da Costa, head de defesa. “Queremos nos tornar parceiros do governo americano porque acreditamos que o C-390 pode ter um papel importante no mercado nacional”, completou.
Por último, a empresa também espera começar a fabricar aviões maiores para o segmento comercial. A empresa deixou claro que ainda não tem previsão de quando vai passar a atuar nessa frente, mas acredita que pode disputar mais este mercado com as concorrentes.
“Temos capacidade de fazer aviões maiores, temos estudo, mas, no momento, estamos focados em vender os aviões que temos, melhorar nossa lucratividade e ter condições de fazer mais após 2030”, pontuou Francisco Gomes Neto, diretor executivo da Embraer.
A fabricante brasileira também tem passado por um período de bons resultados, alcançando recordes em pedidos de novas aeronaves. No primeiro trimestre, foram 25 veículos entregues, sendo 18 executivos e 7 comerciais, uma alta de 67% na comparação anual.
Já a carteira de pedidos da companhia aumentou US$ 2,4 bilhões, alcançando o valor recorde de US$ 21,1 bilhões, conforme divulgou.
O foco é produzir um veículo real, que será usado para futuros testes e certificação junto à ANAC.
A carteira de pedidos firmes atingiu o maior nível em sete anos, totalizando US$ 21,1 bilhões no final de março.