Eletrobras (ELET3) pode pagar até R$ 8 bi em dividendos já em 2025

⚡ Segundo o BTG Pactual, a Eletrobras (ELET3) está prestes a alcançar um novo patamar em sua trajetória, no qual poderá distribuir entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões em dividendos a partir de 2025.

Em análise conjunta, os especialistas Antonio Junqueira, Gisele Gushiken e Maria Resende apontam que os ativos de geração e transmissão da Eletrobras atingiram um estágio de maturidade que permite gerar fluxos de caixa robustos e recorrentes.

Além disso, a empresa demonstra menor propensão a realizar grandes aquisições no futuro próximo, e as negociações com a União acerca do poder de voto sobre sua participação parecem indicar um custo inferior ao inicialmente previsto.

💸 A fim de otimizar o caixa acumulado desde o processo de privatização, uma estratégia eficaz consiste em remunerar os acionistas por meio da distribuição de dividendos, de forma que não haja comprometimento da estrutura de capital da empresa ou de seus planos de investimento, diz a análise.

O BTG Pactual atribui ainda a recomendação de compra às ações ordinárias da Eletrobras, estabelecendo um preço-alvo de R$ 59, o que representa um potencial de valorização de 66,2% em relação ao fechamento da última sexta-feira (13).

Como a empresa se saiu no último trimestre

A Eletrobras teve um lucro líquido de R$ 7,195 bilhões no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 387,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

O lucro líquido ajustado cresceu e alcançou R$ 7,56 bilhões no terceiro trimestre, em comparação aos R$ 1 bilhão registrados no mesmo período do ano anterior. Esse resultado superou as expectativas dos analistas, que projetavam, em média, um lucro de R$ 2,3 bilhões para a companhia, segundo dados compilados pela LSEG.

💰O Ebitda ajustado da companhia apresentou um crescimento expressivo de 164% no terceiro trimestre, atingindo R$ 11,96 bilhões, mais que o dobro das estimativas dos analistas, que projetavam R$ 5,4 bilhões. Por sua vez, o Ebitda regulatório ajustado somou R$ 6,77 bilhões, registrando um aumento de 8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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Já o Ebitda sem ajustes registrou uma alta de 152,5%, alcançando R$ 12,159 bilhões. Em linha com esse resultado, a margem Ebitda registrou um aumento de 55,3 pontos percentuais na comparação anual, atingindo 110,1%.

A margem Ebitda ajustada também apresentou um desempenho positivo, subindo para 56,3 pontos percentuais para 108,3%. Na mesma linha, a receita operacional líquida da companhia no período totalizou R$ 11,04 bilhões, sendo uma alta de 25,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No entanto, o indicador de alavancagem financeira, calculado pela razão entre a dívida líquida ajustada e o Ebitda ajustado, apresentou uma redução de 15,3 pontos percentuais, ficando em 1,7 vezes. A dívida líquida ajustada da companhia ao final do período alcançou R$ 70,732 bilhões, sendo uma queda de 0,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior.