O que acontece com o Banco Master após BC barrar acordo com BRB (BSLI4)?
Bancos devem recorrer da decisão do BC, mas risco de intervenção paira no mercado.
🚨 As ações do Banco de Brasília – BRB (BSLI4) despencaram nesta quinta-feira (4) após o Banco Central rejeitar a compra do Banco Master, anunciada em março deste ano.
O movimento derrubou os papéis ordinários (BSLI3) em 10,84%, cotados a R$ 9,41, e os preferenciais (BSLI4) em 11,13%, a R$ 10,20. Na mínima do dia, chegaram a recuar 16%.
O tombo ocorreu em um pregão no qual o Ibovespa (IBOV) operava em alta de 0,31%, mostrando que a queda foi exclusivamente ligada ao caso.
Em comunicado, o BRB informou que o BC indeferiu o pedido de aquisição de 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais do Banco Master.
A instituição disse que solicitou acesso à íntegra da decisão para avaliar os fundamentos e examinar as alternativas cabíveis.
O banco reiterou ainda que a transação “representava uma oportunidade estratégica com potencial de geração de valor para o BRB, seus clientes, o Distrito Federal e o Sistema Financeiro Nacional”.
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O negócio vinha sendo alvo de questionamentos no mercado. Isso porque tanto o BRB quanto o Master têm porte semelhante, o que levantou dúvidas sobre sinergias e riscos de concentração.
Outro ponto sensível era o modelo de financiamento agressivo do Banco Master, com forte expansão nos últimos anos baseada em operações de dívida de alto rendimento.
Analistas avaliavam que a incorporação poderia elevar o risco do BRB em um momento de maior cautela no setor financeiro.
📉 A decisão do BC frustra a estratégia de expansão do BRB, que via no acordo uma forma de ampliar sua presença no mercado nacional além do Distrito Federal.
Bancos devem recorrer da decisão do BC, mas risco de intervenção paira no mercado.
O BRB ficará com R$ 25 bilhões em ativos, enquanto R$ 48 bilhões ficaram fora do negócio.