Em relatório divulgado sobre o setor de metais e mineração na América Latina, a instituição destacou a combinação de preços sustentados do minério de ferro e uma geração de caixa robusta, fatores que devem sustentar o
pagamento de proventos aos acionistas.
Os analistas estabeleceram um novo preço-alvo de US$ 15,50 por ADR (American Depositary Receipt) para o fim de 2026, superando a estimativa anterior de US$ 15,00 prevista para 2025.
Com isso, o banco reiterou a recomendação “Outperform” (desempenho acima da média do mercado) para o ativo, mantendo a Vale como sua principal escolha no setor.
Valuation e desempenho de mercado
Sob a ótica de múltiplos, o Santander ressaltou que a Vale negocia atualmente a 3,8 vezes o EV/Ebitda estimado para 2026. Este número representa um desconto de 15% em relação ao consenso de mercado e de 24% quando comparado à média de seus pares globais.
Nesta quinta-feira (18), por volta das 13h, as ações ordinárias da companhia negociadas na B3 apresentavam alta de 1%, cotadas a R$ 71.
Projeções de dividendos e cenário para o minério
De acordo com o relatório do Santander, a mineradora deve distribuir dividendos mínimos de US$ 4,1 bilhões em 2026.
O montante corresponde a um
dividend yield estimado em 7,5%, em conformidade com a política de remuneração vigente da empresa. O banco também sinalizou a possibilidade de pagamentos extras:
- Distribuição de US$ 578 milhões em dividendos extraordinários;
- Adição de 1,1 ponto percentual ao retorno total ao acionista;
- Manutenção da meta de dívida líquida de US$ 15 bilhões.
Essa perspectiva favorável é amparada pela estimativa de que o preço do minério de ferro permaneça acima de US$ 100 por tonelada em 2026.
📈 O banco elevou sua projeção para a commodity para US$ 105 por tonelada, fundamentada em uma oferta global limitada e demanda resiliente em mercados como China, Índia e Sudeste Asiático.