AgroGalaxy (AGXY3) tem proposta para aquisição de créditos em recuperação judicial
Proposta da varejista de insumos agrícolas gira em torno de R$ 292 milhões; entenda os detalhes do processo
🚨 A recuperação judicial da Agrogalaxy (AGXY3), anunciada no último dia 18, provocou uma onda de volatilidade no mercado de Fiagros, com quedas expressivas nas cotações e um aumento considerável no volume de negociações.
A empresa, uma das principais distribuidoras de insumos agrícolas do país, deixou de honrar uma parcela de R$ 90 milhões em um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), gerando incertezas que impactaram fortemente os fundos que possuem exposição a esses títulos.
Embora a recuperação judicial tenha sido formalizada após o fechamento do mercado, o clima de apreensão já dominava o pregão.
Investidores aguardavam o pagamento da dívida, que incluía amortização e juros, mas que não foi quitado, causando uma reação imediata nas cotações dos Fiagros.
Após o anúncio, os Fiagros começaram a registrar queda em seus valores de mercado.
O impacto foi mais evidente a partir do dia 19, quando os fundos começaram a se movimentar para comunicar suas posições em relação à situação da Agrogalaxy.
Entre os mais afetados, destacam-se o XPCA11, que registrou um volume de R$ 6,74 milhões em negociações – mais que o triplo da sua média diária de agosto, que girava em torno de R$ 2,19 milhões.
Outros fundos, como o JGPX11, também apresentaram volumes acima do habitual. Em apenas três dias, o JGPX11 movimentou mais de R$ 10,75 milhões, superando em 15% a liquidez de todo o mês de agosto.
Mesmo fundos com baixa exposição aos CRAs da Agrogalaxy, como o AAZQ11, sentiram o reflexo da crise, com um aumento expressivo no volume de negociações, que saltou de R$ 611 mil para R$ 1,14 milhão por dia.
A crise da Agrogalaxy ocorre em um contexto já desafiador para o mercado de Fiagros, que enfrenta dificuldades desde o início do ano devido a quebras de safra e outros eventos climáticos adversos.
No entanto, a situação da Agrogalaxy é particularmente preocupante, uma vez que a empresa é responsável por mais de R$ 800 milhões em CRAs.
Esses títulos, agora com vencimento antecipado, entrarão na lista de dívidas a serem renegociadas caso a recuperação judicial seja aprovada.
Alguns fundos, como o SNAG11 e o SNFZ11, geridos pela Suno Asset, não possuem exposição aos títulos da Agrogalaxy e, por isso, não foram diretamente impactados.
Ambos continuam com suas distribuições de dividendos, inclusive com pagamentos agendados para o dia 25 de setembro.
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Com a tramitação da recuperação judicial em segredo de Justiça, o mercado aguarda os próximos passos da Agrogalaxy e de seus credores.
A expectativa é que novos ajustes nas cotações dos Fiagros ocorram à medida que mais informações venham à tona, especialmente sobre o processo de renegociação dos CRAs.
A situação levanta preocupações sobre a saúde financeira de outras empresas do setor e sobre a capacidade dos Fiagros em absorver os choques econômicos, tornando esse um momento de grande atenção para os investidores.
O aumento da liquidez observado nos últimos dias indica que o mercado está reagindo, e as negociações devem seguir intensas enquanto a crise se desenrola.
📉 Essa turbulência mostra como o mercado de Fiagros, apesar de ser uma alternativa promissora para investidores, pode ser altamente volátil diante de crises corporativas e setoriais.
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Resultados estavam previstos para 27 de março, mas ficaram para 22 de abril.