BTG Pactual (BPAC11) anuncia pagamento de JCP; confira os valores e quem tem direito
Os proventos serão creditados no dia 14 de fevereiro de 2025, com base na posição acionária de dezembro deste ano.
💰 Se a própria renda fixa do governo brasileiro, que tem o menor risco de crédito do mercado, está tendo de pagar taxas recordes para atrair o dinheiro dos investidores nesta virada de ano para 2025, as empresas também precisaram elevar bastante o seu patamar de juros compostos para atrair recursos, sobretudo os investimentos que não têm proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Esse é o caso dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), que costumam ser bem mais arriscados do que aplicar dinheiro, por exemplo, no Tesouro Direto ou em CDBs, mas que também geralmente oferecem taxas de rentabilidade mais competitivas.
Nesse sentido, o BTG Pactual (BPAC11) enxerga uma oportunidade de entrada ainda neste mês de dezembro para os CRAs emitidos pelo Grupo Ceral (CRA02300MZT), cuja remuneração está 1% ao ano acima do CDI corrente, cuja expectativa dos juros é ultrapassar os 15% ao ano até meados de 2025. Logo, a rentabilidade potencial líquida dessa renda fixa isenta pode girar em torno de 16% ao ano em breve.
"O Grupo Cereal está pagando um prêmio de crédito atrativo agora, considerando a elevada posição de caixa da companhia agrícola, o baixo nível de endividamento e todas as unidades de processamento de grãos atualmente operacionais", escrevem os analistas do banco Frederico Khouri e Luís Fernando Gonçalves, em relatório.
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O título de crédito privado tem vencimento no dia 16 de novembro de 2029, sem liquidez diária até esse prazo de resgate, oferecendo juros semestrais a partir de maio de 2025. Além da recomendação positiva do BTG Pactual, o CRA do Grupo Cereal tem rating AA- dado pela agência de classificação de risco S&P, uma nota considerada boa, com poucas chances da empresa dar calote na emissão de R$ 221 milhões em títulos de dívida.
A companhia possui 40 anos de existência e está presente nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. O Grupo Cereal possui duas plantas de processamento de soja, com capacidade instalada consolidada de 3 mil toneladas por dia (aproximadamente 650 mil toneladas por ano), além de 11 unidades de armazenamento com capacidade estática de 566 mil toneladas.
🌾 O esmagamento de soja – principal operação da empresa – consiste no processo de confecção do farelo e extração e refino de óleos de soja. A empresa tem capacidade de confecção de 2.300 toneladas por dia de farelo de soja, 600 toneladas por dia de óleo degomado e 600 metros cúbicos por dia de biodiesel.
"O cenário mais favorável para o biodiesel (cerca de 22% da receita bruta) tende a beneficiar o Grupo Cereal, uma vez que este produto possui margens operacionais mais elevadas do que os demais produtos comercializados", afirma a dupla de analistas.
Conforme o perfil da dívida da companhia, o ano de 2025 concentra o maior valor, com saldo de R$ 532 milhões, ao passo que o caixa equivalente é de R$ 966 milhões. Já em 2029, o ano de vencimento dos CRAs, o saldo da dívida projetado é de R$ 16 milhões.
Os proventos serão creditados no dia 14 de fevereiro de 2025, com base na posição acionária de dezembro deste ano.
Negócio de R$ 500 milhões visa, entre outras coisas, ampliar a base de clientes do banco.