CPFL Energia (CPFE3) amplia metas ESG, após perdas milionárias em 2024
Companhia vai estabelecer planos de adaptação climática para os seus negócios até 2030.
💲 O Grupo CPFL Energia (CPFE3) anunciou na última terça-feira (21), a obtenção de um financiamento de R$ 800 milhões junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A companhia está liderando uma empreitada tecnológica no setor de distribuição de energia no Brasil com um projeto de modernização.
Até 2029, a empresa planeja substituir os medidores tradicionais de energia elétrica por dispositivos inteligentes, os chamados smart meters, em suas concessões de distribuição.
A modernização demandará um investimento total de R$ 1,2 bilhão, sendo que R$ 800 milhões virão do financiamento obtido.
O recurso faz parte do programa "BNDES Mais Inovação", que utiliza fundos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para promover avanços tecnológicos em setores estratégicos.
O restante do aporte será de responsabilidade da CPFL, reforçando o compromisso da empresa com a inovação no setor elétrico.
De acordo com Gustavo Estrella, diretor-presidente da CPFL, o objetivo é instalar medidores inteligentes para cerca de 400 mil clientes por ano.
“As redes inteligentes representam uma das maiores evoluções tecnológicas no setor de distribuição e a troca de medidores é a base dessa transformação”, explica.
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Os smart meters prometem mudar a forma como o consumo de energia é gerenciado.
Com a telemedição, será possível monitorar o consumo em tempo real e remotamente, eliminando a necessidade de leituras manuais.
Além disso, os dispositivos facilitarão a identificação e solução de interrupções no fornecimento, trazendo mais eficiência ao sistema.
A CPFL destaca que o projeto beneficiará diretamente os consumidores, proporcionando mais agilidade nos serviços prestados.
A tecnologia também permitirá uma análise detalhada do uso de energia, oferecendo ferramentas para que os clientes ajustem seus hábitos de consumo de maneira mais consciente e econômica.
📊 As concessionárias do grupo CPFL que serão diretamente beneficiadas são CPFL Paulista, CPFL Piratininga e CPFL Santa Cruz, responsáveis por atender 7,5 milhões de consumidores nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
Um diferencial do projeto é o compromisso com a fabricação nacional dos equipamentos, fomentando a indústria local de tecnologia.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a relevância do projeto para o setor energético.
“Os equipamentos inovadores possibilitarão uma gestão mais eficiente do consumo de energia, promovendo melhorias no atendimento e garantindo maior agilidade nos serviços prestados pelas distribuidoras.”
Com a implementação dos medidores inteligentes, o consumidor terá maior controle sobre o uso de energia, podendo identificar desperdícios e otimizar o consumo.
Além disso, a tecnologia pode abrir portas para novas tarifas personalizadas, como modelos que incentivam o uso em horários de menor demanda, reduzindo custos na conta de luz.
Companhia vai estabelecer planos de adaptação climática para os seus negócios até 2030.
Esta é a última parcela dos R$ 3,173 bilhões em dividendos aprovados em 26 de abril.