Cosan (CSAN3) tem prejuízo líquido de R$ 9,2 bilhões no 4º tri de 2024
Desconsiderando os impactos extraordinários mencionados, o prejuízo anual totalizou R$ 909,0 milhões.
🚜 Quem emprestou dinheiro diretamente à Cosan (CSAN3) nos últimos anos ao aplicar nos títulos de renda fixa da holding pode ter direito a receber uma bolada no dia 6 de fevereiro de 2025 (quinta-feira), devido ao resgate antecipado de debêntures.
Conforme informações divulgadas pela companhia, o resgate antecipado diz respeito apenas a 1ª série da terceira emissão de debêntures simples da Cosan, sob o código ( CSAN13), distribuídas no mercado em julho de 2021.
No caso, a holding com participações em empresas do agronegócio, energia e petróleo remunerará os seus respectivos debenturistas com o valor nominal das debêntures (R$ 1 mil), acrescido da remuneração dos juros (R$ 60,61), além do prêmio pelo resgate antecipado (R$ 13,04).
Portanto, cada respectivo debenturista da Cosan deverá embolsar aproximadamente R$ 1.073,65 por cada referida debênture que detiver.
A quantidade de títulos de crédito privado envolvidos na operação é de 750 mil unidades. Logo, o valor total bruto a ser pago pela Cosan será de aproximadamente R$ 805,2 milhões, sendo R$ 45,4 milhões apenas de juros e outros R$ 9,7 milhões pelo prêmio do resgate antecipado.
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Nas últimas semanas, a Cosan ganhou as manchetes dos jornais após a holding ter vendido as ações da mineradora Vale (VALE3) que possuía. Após zerar sua posição, a Cosan até chegou a levantar R$ 9,1 bilhões em caixa, mas com uma perda de 40%.
Segundo o banco estrangeiro Jefferies, tal decisão reduziu o endividamento da holding, liberando espaço para as subsidiárias Raízen (RAIZ4), produtora de açúcar e etanol, e Rumo (RAIL3), transportadora ferroviária de commodities, reduzirem suas dívidas e até mesmo para potenciais desinvestimentos em ativos como Compass e Moove.
💸 No último dia 16 de janeiro, a Cosan se desfez de cerca de 173 milhões de ações da VALE3, o equivalente a uma fatia de 4,05% da mineradora. Ainda assim, o fundador e presidente do conselho de administração do Grupo Cosan, Rubens Ometto, disse que segue confiando no potencial da Vale.
"Sempre acreditei no Brasil e por isso invisto aqui. A Vale é um ativo extraordinário e confio muito na nova gestão. Entretanto, o patamar atual da taxa de juros nos obriga a reduzir a alavancagem da Cosan", disse o conselheiro, em nota.
Com a grana em mãos, a empresa deve amortizar, portanto, pouco mais de um terço da sua dívida. Isso porque, ao final do terceiro trimestre de 2024 (último dado disponível), a dívida bruta da holding somava R$ 24,2 bilhões.
Desconsiderando os impactos extraordinários mencionados, o prejuízo anual totalizou R$ 909,0 milhões.
Apesar do novo preço-alvo, XP ainda recomenda compra das ações da Cosan.