A Cosan (CSAN3) figura entre as ações que mais subiram na bolsa brasileira nos primeiros dias de setembro. Isso porque o papel já avançou mais de 25% no mês, impulsionado pelas tratativas sobre uma possível capitalização.
Pressionada pelo alto nível de endividamento e pelos juros elevados, a Cosan avalia alternativas para aprimorar a sua estrutura de capital e também a capitalização da Raízen (RAIZ4), joint venture formada com a Shell (SHEL).
🔎 A possibilidade de tornar-se sócio da holding fundada por Rubens Ometto e que também tem participações na Rumo (RAIL3), Compass, Moove e Radar tem atraído muitos investidores.
Entre os interessados, estariam os controladores do BTG Pactual (BPAC11) e da Suzano (SUZB3) -André Esteves e a família Feffer, respectivamente. Os grupos Perfine EB Capital também estariam participando das negociações, segundo o "Pipeline".
Além disso, a Mitsubishi (M1UF34), a Mitsui (S1MF34) e a Itaúsa (ITSA4) teriam manifestado interesse em adquirir uma fatia da Raízen, conforme publicado por "Bloomberg", "Valor Econômico" e "Pipeline", respectivamente.
Em comunicado ao mercado, a Cosan confirmou na última quinta-feira (4) que "tem sido ativamente procurada por investidores em potenciais investimentos" na companhia e também na Raízen.
A Raízen reforçou nesta segunda-feira (8) que tem avaliado junto com seus acionistas controladores alternativas estratégicas de capitalização. As companhias ressaltaram, contudo, que até o momento não há qualquer decisão ou compromisso assumido.
Banco aposta em “fórmula mágica” para virada da Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4)
📈 Apesar de as negociações ainda estarem em andamento, a possibilidade de uma capitalização impulsiona as ações da Cosan na bolsa.
O papel subiu em todos os pregões realizados na primeira semana de setembro e segue avançando nesta segunda-feira (8). Às 11h55, por exemplo, ganhava 1,23% e era negociado por R$ 7,39.
Com isso, a ação acumula uma alta superior a 25% em setembro e já ronda as melhores cotações em quase três meses.
O otimismo tem explicação. Em relatório publicado na semana passada, o Bank ofAmerica explica que a Cosan vive uma oportunidade única de reestruturação e desalavancagem, que pode destravar um potencial de valorização de até 86% nas ações.
Vale lembrar, no entanto, que as ações da Cosan sofreram muito na bolsa antes dessas tratativas. Por isso, o papel ainda acumula uma queda de quase 10% em 2025. Antes do rali de setembro, o baque chegava a 28%.
De forma similar, a Raízen vai ganhando quase 18% na bolsa em setembro, mas ainda cai mais de 36% no acumulado de 2025.
Segundo os analistas, a Cosan vive uma oportunidade única, que pode destravar um potencial de valorização de até 86% nas ações.
Cosan (CSAN3) se prepara para desembolsar grana aos seus debenturistas, referente a sua 8ª emissão de títulos de dívida.
