Banco vê potencial de R$ 17 bi com vendas de ativos da Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4)
De acordo com o BofA, as companhias concentram seus esforços em reduzir o endividamento e alongar prazos de vencimento das dívidas.
A Cosan (CSAN3) afundou 10,3% nesta semana. O baque foi o maior dentre todas as ações do Ibovespa e fez os papeis da Cosan fecharem cotados a R$ 7,28, na menor cotação em quase dois meses.
📉 O movimento ocorre na esteira da alta da Selic e também da decisão do Citi de cortar o preço-alvo para o papel, de R$ 14 para R$ 12.
A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar a Selic para 15% e avisar que os juros continuarão altos por um "período bastante prolongado" pesou sobre as ações da Cosan já que a companhia tem um dos maiores endividamentos da B3.
Com uma dívida bruta de R$ 67 bilhões, a Cosan gasta milhões de reais por trimestre para gerir essa conta e já avalia segurar novos investimentos. O receio do mercado é, portanto, que essa situação se agrave com a nova alta da Selic.
💲 O Citi, por exemplo, acredita que a Cosan vai queimar caixa neste ano por causa do novo patamar dos juros. Contudo, lembrou que a companhia vem trabalhando para reduzir a sua alavancagem, inclusive por meio da venda de ativos.
A Cosan vendeu a sua participação na Vale (VALE3) no início do ano e também vem trabalhando na reestruturação da Raízen (RAIZ4), uma das suas subsidiárias.
Diante disso, o Citi manteve a recomendação de compra para os papeis da Cosan em relatório publicado na última quarta-feira (18). Contudo, cortou o preço-alvo para a ação de R$ 14 para R$ 12. A decisão contribuiu para a derrocada das ações da Cosan na bolsa nesta semana.
De acordo com o BofA, as companhias concentram seus esforços em reduzir o endividamento e alongar prazos de vencimento das dívidas.
Segundo Rubens Ometto, companhia pode segurar investimentos se juros não baixarem.