Cosan (CSAN3) afunda 10,3% na semana e atinge menor cotação em quase 2 meses

Ações da Cosan voltaram a ser negociadas abaixo dos R$ 7 nesta sexta-feira (20).

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Publicado em 21/06/2025 às 12:21h - Atualizado 5 minutos atrás Publicado em 21/06/2025 às 12:21h Atualizado 5 minutos atrás por Marina Barbosa
Cosan é afetada pela alta dos juros (Imagem: Shutterstock)

A Cosan (CSAN3) afundou 10,3% nesta semana. O baque foi o maior dentre todas as ações do Ibovespa e fez os papeis da Cosan fecharem cotados a R$ 7,28, na menor cotação em quase dois meses.

📉 O movimento ocorre na esteira da alta da Selic e também da decisão do Citi de cortar o preço-alvo para o papel, de R$ 14 para R$ 12.

A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar a Selic para 15% e avisar que os juros continuarão altos por um "período bastante prolongado" pesou sobre as ações da Cosan já que a companhia tem um dos maiores endividamentos da B3.

Com uma dívida bruta de R$ 67 bilhões, a Cosan gasta milhões de reais por trimestre para gerir essa conta e já avalia segurar novos investimentos. O receio do mercado é, portanto, que essa situação se agrave com a nova alta da Selic.

💲 O Citi, por exemplo, acredita que a Cosan vai queimar caixa neste ano por causa do novo patamar dos juros. Contudo, lembrou que a companhia vem trabalhando para reduzir a sua alavancagem, inclusive por meio da venda de ativos.

A Cosan vendeu a sua participação na Vale (VALE3) no início do ano e também vem trabalhando na reestruturação da Raízen (RAIZ4), uma das suas subsidiárias.

Diante disso, o Citi manteve a recomendação de compra para os papeis da Cosan em relatório publicado na última quarta-feira (18). Contudo, cortou o preço-alvo para a ação de R$ 14 para R$ 12. A decisão contribuiu para a derrocada das ações da Cosan na bolsa nesta semana.

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