💸 Os Correios informaram nesta quinta-feira (21) que aprovaram, na quarta-feira (19), o Plano de Reestruturação que deverá garantir a sustentabilidade financeira da estatal e permitir o retorno ao lucro em 2027. Para viabilizar as ações previstas, a companhia espera concluir até o final de novembro um empréstimo de R$ 20 bilhões com um consórcio de bancos.
A reestruturação contempla três fases: recuperação financeira, consolidação e crescimento, e abrange iniciativas como Programa de Demissão Voluntária, revisão do plano de saúde, adimplência plena com fornecedores e modernização operacional e tecnológica. O plano também engloba a monetização de ativos e a venda de imóveis que podem gerar R$ 1,5 bilhão.
O que está acontecendo com a estatal?
Em setembro, a estatal reportou um prejuízo de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre de 2025, mais que o triplo do resultado negativo de R$ 1,3 bilhão registrado no mesmo período de 2024. Em 2024, a empresa precisou usar R$ 2,9 bilhões do caixa e de aplicações financeiras.
🤑 Na antiga gestão, a empresa contratou um empréstimo de R$ 1,8 bilhão para cobrir o déficit do fluxo de caixa operacional. Com isso, a falta de liquidez levou a atrasos em pagamentos e repasses. Desde abril, transportadoras parceiras reduziram operações ou pararam completamente.
Além disso, os Correios atrasaram repasses às agências conveniadas e ao plano de saúde dos funcionários. Com isso, a empresa anunciou a primeira fase do plano de reestruturação operacional e financeira que contém três grupos de medidas:
- Corte de despesas operacionais e administrativas;
- Busca pela diversificação de receitas, com recuperação da capacidade de geração de caixa;
- Recuperação da liquidez da empresa, de modo a retomar sua competitividade e a garantir estabilidade na relação dos Correios com empregadas e empregados, clientes e fornecedores.