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🚨 O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia nesta terça-feira (18) uma reunião crucial para definir a taxa básica de juros do Brasil, a Selic.
O mercado aguarda com grande expectativa a decisão, que pode elevar a Selic de 13,25% para 14,25% ao ano, atingindo o maior patamar desde agosto de 2016.
Se confirmada, essa será a quinta alta consecutiva na taxa de juros, refletindo a tentativa do Banco Central de conter a inflação, que segue acima da meta estabelecida pelo governo.
Nos últimos 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 5,06%, superando o teto da meta de 4,5%.
Enquanto o Copom se prepara para anunciar seu veredicto, o mercado financeiro já tem demonstrado reações. Na segunda-feira (17), o dólar recuou 1%, fechando a R$ 5,68, menor nível desde novembro.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, também apresentou um desempenho positivo, avançando 1,46% e alcançando o melhor resultado desde outubro.
A expectativa em torno da reunião também gerou debates no setor financeiro. Um levantamento realizado pelo BTG Pactual (BPAC11) apontou divergências entre os agentes do mercado sobre qual deve ser a abordagem do Banco Central no comunicado pós-decisão.
Enquanto 38% dos entrevistados defendem que a instituição mantenha margem para ajustes futuros sem compromissos explícitos, outro grupo de tamanho semelhante sugere um tom mais moderado, sinalizando uma possível desaceleração no ritmo de aumento da Selic nas próximas reuniões.
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A reunião ocorre em um contexto de revisão dos principais indicadores econômicos. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, registrou a primeira queda na projeção da inflação para o final de 2025 após 20 semanas consecutivas de alta.
A estimativa para o IPCA passou de 5,68% para 5,66%, uma redução discreta, mas que pode indicar um alívio nas expectativas inflacionárias.
Além disso, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou um avanço de 0,9% em janeiro de 2025 na comparação com dezembro de 2024.
O resultado, divulgado na segunda-feira (17), superou as projeções do mercado e representa o maior crescimento mensal desde junho de 2024. Em relação a janeiro do ano anterior, a alta foi de 3,6%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses mostra uma expansão de 3,8%.
O desempenho positivo da economia foi comentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que celebrou os números em suas redes sociais:
“A economia brasileira cresceu 0,9% em janeiro de 2025 em comparação com o mês anterior, a maior alta desde junho do ano passado. Economia crescendo, a indústria aquecida e mais empregos para os brasileiros. Por essas e outras que eu digo que esse é o ano da colheita”, escreveu o presidente.
📊 A decisão do Copom será anunciada na quarta-feira (19) e deverá trazer sinais mais claros sobre os próximos passos da política monetária.
Com a inflação ainda pressionada, a grande questão é se o Banco Central continuará elevando os juros no mesmo ritmo ou começará a moderar o ciclo de aperto monetário.
O impacto da decisão será observado tanto no mercado financeiro quanto na economia real, afetando diretamente o custo do crédito para empresas e consumidores.
Independentemente do rumo escolhido, o encontro do Copom reforça o desafio do Banco Central em equilibrar o combate à inflação sem comprometer o crescimento econômico do país.
O mercado, por sua vez, aguarda atento as diretrizes da autoridade monetária para ajustar suas projeções e estratégias de investimento.
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