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📈 Nesta quarta-feira (17), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central enfrenta uma decisão crítica que pode impactar o cenário econômico do Brasil: manter ou elevar a taxa Selic.
Essa reunião acontece em meio a uma série de desafios internos e externos, como a recente valorização do dólar e os efeitos da seca prolongada, que pressionam os preços da energia e alimentos.
A taxa básica de juros, que não é aumentada desde agosto de 2022, pode ser ajustada em um cenário de incertezas e preocupações com a inflação.
O último boletim Focus, divulgado pelo Banco Central com base em análises de especialistas do mercado financeiro, indicou uma possível elevação da Selic em 0,25 ponto percentual, fechando 2024 com a taxa em 11,25% ao ano.
Desde o início do ano, o Copom tem adotado uma postura cautelosa, ajustando a Selic de forma gradual para manter o equilíbrio entre controle inflacionário e fomento ao crescimento econômico.
A última elevação da taxa ocorreu há dois anos, quando a Selic subiu de 13,25% para 13,75%.
Desde então, o BC promoveu cortes gradativos que trouxeram a taxa ao nível atual de 10,5%. A decisão desta quarta-feira ocorre em um momento crítico, com os mercados atentos ao comunicado final do colegiado.
Outro fator determinante para a decisão do Copom é a trajetória da inflação. Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,02%, o que trouxe um breve alívio aos consumidores.
No entanto, a deflação foi impulsionada pela redução temporária dos preços de energia, que já têm previsão de aumento com a reintrodução da bandeira tarifária vermelha.
Adicionalmente, o prolongamento da seca nas principais regiões agrícolas do país eleva os custos dos alimentos, pressionando ainda mais a inflação.
No último relatório Focus, a projeção de inflação para 2024 subiu de 4,22% para 4,35%, aproximando-se perigosamente do teto da meta de 4,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional.
💲 A Selic, principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação, tem um papel crucial na economia. Um aumento da taxa encarece o crédito, desacelerando o consumo e ajudando a manter os preços sob controle.
No entanto, essa política também pode restringir o crescimento econômico ao reduzir a demanda.
Por outro lado, uma manutenção da Selic no patamar atual favoreceria o crescimento ao tornar o crédito mais acessível, incentivando tanto o consumo quanto a produção.
O desafio do Copom, portanto, é encontrar o ponto de equilíbrio entre conter a inflação e estimular a recuperação econômica, especialmente em um contexto global de incertezas.
Com a previsão de divulgação do próximo Relatório de Inflação no final de setembro, o Banco Central já sinalizou que as condições atuais exigem monitoramento atento dos indicadores econômicos.
A evolução do câmbio, os preços das commodities e o impacto da seca são fatores que seguirão no radar do Copom nos próximos meses.
A decisão desta quarta-feira marcará uma nova etapa na política monetária do país, com potencial para influenciar não apenas o custo de vida, mas também o ritmo da atividade econômica.
📊 Em um cenário de constantes ajustes, o mercado aguarda com expectativa o veredito do Banco Central e seus próximos passos no controle inflacionário.
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