Ibovespa recua com incertezas nos EUA e tensão fiscal no Brasil; dólar cai
A queda refletiu a cautela dos investidores, que aguardam novos dados inflacionários e a divulgação do PIB brasileiro.
💲 O Itaú BBA atualizou nesta quinta-feira (29) sua visão sobre a Copel (CPLE6), elevando o preço-alvo para R$ 13,60 até o fim de 2025, o que representa um potencial de valorização adicional de 8% em relação à cotação anterior.
Segundo o banco, além da valorização das ações, a companhia paranaense se destaca pela forte geração de caixa e projeção de dividendos atrativos, com dividend yield estimado em 9,1% em 2025 e 11,7% em 2026.
O novo relatório, assinado pelo analista Filipe Andrade, reforça a tese de que a Copel oferece um dos melhores perfis risco-retorno entre as companhias do setor elétrico listadas na B3 (B3SA3), combinando crescimento, eficiência operacional e remuneração generosa aos acionistas.
As ações da Copel acumulam alta de 37,6% em 2024, saindo de R$ 9,09 em janeiro para R$ 12,59 no fechamento da última quarta-feira (28).
Com o novo preço-alvo definido pelo BBA, os papéis ainda teriam espaço para atingir R$ 13,60 até o fim de 2025, puxados por três principais motores:
Na sessão desta quinta, os papéis CPLE6 subiam 1,75%, cotados a R$ 12,81 por volta das 15h45.
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💰 O BBA estima que a Copel distribuirá R$ 3,42 bilhões em dividendos em 2025 e R$ 4,39 bilhões em 2026, elevando significativamente o retorno ao acionista.
A nova política de dividendos, anunciada em maio, busca equilibrar distribuição de lucros com uma estrutura de capital eficiente, sem comprometer a saúde financeira da empresa. Segundo Andrade, essa estratégia pode assegurar dividendos de “dois dígitos” por vários anos.
“A Copel reúne as melhores perspectivas para investidores que buscam dividendos elevados, com gatilhos que ainda podem liberar mais valor”, afirma o analista.
Um dos catalisadores apontados pelo relatório é a migração da Copel para o Novo Mercado da B3, ainda em discussão.
O movimento visa a unificação das classes de ações e maior governança corporativa, o que tende a ampliar a base de investidores e impulsionar a liquidez dos papéis.
Segundo a estimativa do BBA, a migração pode elevar o volume médio diário de negociação (ADTV) de R$ 235 milhões para até R$ 299 milhões — aumento de cerca de 30%.
A projeção considera uma relação de troca de 1,0 a 1,1 ação ordinária (CPLE3) para cada ação preferencial (CPLE6). Nesse cenário, a BNDESPar tende a ampliar sua participação na nova estrutura, enquanto o Estado do Paraná teria uma fatia proporcionalmente menor.
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Outro ponto que reforça a tese de valorização é a melhoria na curva de preços de energia no mercado livre.
O BBA revisou sua premissa de longo prazo de R$ 150/MWh para R$ 160/MWh, em linha com os preços de contratos recentes firmados pela Copel.
A empresa ainda possui um volume significativo de energia a ser comercializada, o que abre espaço para aumentos marginais na receita e rentabilidade.
“Vemos risco mais para alta nos preços, que devem convergir para um custo marginal de expansão mais elevado, dado o aumento dos riscos associados às renováveis”, explica o relatório.
📊 Com política de dividendos mais agressiva, migração societária iminente e melhoria nas margens de geração, a Copel consolida sua posição como uma blue chip do setor elétrico.
A recomendação do BBA, embora sem menção explícita a "compra", embute uma visão positiva, destacando fundamentos sólidos e potencial de valorização residual, mesmo após a alta acumulada em 2024.
A queda refletiu a cautela dos investidores, que aguardam novos dados inflacionários e a divulgação do PIB brasileiro.
Segundo o Santander, o dividend yield acumulado de três anos (2025-2027) poderá chegar a 36%.