💰 A mineradora
Vale (VALE3) voltou a ganhar atenção de analistas internacionais. O banco Morgan Stanley atualizou sua avaliação sobre as ações da companhia, elevando a recomendação de equal-weight (neutra) para overweight (compra), e fixou um novo preço-alvo de US$ 15 para os ADRs, impulsionado pela expectativa de geração de caixa consistente e retornos aos acionistas.
Apesar de as ações da Vale terem registrado uma valorização expressiva nos últimos meses, com alta de cerca de 30% nos últimos seis meses, os analistas do banco norte-americano veem a ação ainda com relação risco-retorno atraente, sustentada por uma execução operacional sólida e um portfólio de ativos que combina minério de ferro, crescimento em metais básicos e disciplina na alocação de capital.
Dividendos e fluxo de caixa no radar
Um dos pontos centrais da nova recomendação é a capacidade de geração de caixa da Vale e a perspectiva de retorno de recursos aos acionistas por meio de dividendos e programas de recompra de ações. O Morgan Stanley projeta um yield de fluxo de caixa livre de cerca de 8% para 2026, com expectativas de que a mineradora distribua dividendo robustos assim que sua dívida líquida ficar abaixo de aproximadamente US$ 15 bilhões.
💸 O banco também ressalta que a Vale tem mantido um controle rigoroso sobre seus custos e despesas, inclusive relacionadas a barragens, o que pode liberar espaço adicional para distribuição de proventos extraordinários no futuro próximo.
Isso ocorre em um contexto em que o histórico recente da companhia já mostra distribuição consistente de dividendos em vários trimestres, e onde projeções de mercado apontam que a Vale pode se beneficiar de potenciais mudanças na tributação de dividendos no Brasil.
Projeções e fundamentos
Nas estimativas, a Vale deverá alcançar receita líquida de cerca de US$ 41,9 bilhões em 2026 e um Ebitda superior a US$ 17 bilhões tanto em 2026 quanto em 2027, com lucro por ação projetado em mais de US$ 2,00.
🤑 Além disso, a avaliação de múltiplos mostra que as ações ainda negociam com desconto em relação aos pares globais, com indicadores como EV/Ebitda de 3,8x e P/L de 5,8x, o que pode indicar espaço para valorização adicional.