Nesta segunda-feira (23), a ClearSale assinou os documentos definitivos para concluir o processo de fusão com a Serasa Experian. Os documentos destacam como será a combinação dos negócios, divulgada pelas companhias em outubro deste ano.
A Serasa acordou pagar R$ 10,56 por ação da ClearSale, com um prêmio de 23,5% em relação ao preço dos papeis no dia anterior ao anúncio. Com esse acordo, o valor total do M&A ficou em R$ 1,98 bilhões, segundo fontes próximas das negociações.
Na época, as empresas deram aos investidores a opção de trocar suas ações ordinárias por três opções de papeis resgatáveis da Experian no valor acordado. Apesar do upside, quem apostou na ClearSale em 2021, quando a empresa fez o IPO, saiu do negócio com um prejuízo de 58%, dado a desvalorização do ticker.
O capital social da ClearSale estava, em sua maioria, nas mãos de Pedro Chiamulera e Bernardo Carvalho, que detinham 44% das ações. A Innova Capital e Veronica Serra detinham cerca de 9% cada.
O foco da Experian na compra da ClearSale está nos serviços de proteção contra fraude, um tipo de ação criminosa que vem aumentando nos últimos anos. Desta forma, a companhia consegue ampliar seu escopo de ofertas no ecossistema financeiro, sem montar uma área desde o início.
Este foi o 14º negócio da Serasa em um intervalo de apenas quatro anos, colocando entre os maiores compradores deste período de capital de risco baixo. As ações da ClearSale deixarão de ser negociadas na bolsa de valores após a finalização da transação, dado que o Cade (Conselho de Administração de Defesa Econômica) já aprovou a combinação dos negócios sem restrições.
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