CEO da JBS (JBSS32) mira "oportunidades" na Europa após IPO em Nova York

Segundo Wesley Batista, o setor no continente é “fragmentado” e, por isso, abre espaço para novas aquisições.

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Publicado em 16/09/2025 às 19:19h - Atualizado 16 minutos atrás Publicado em 16/09/2025 às 19:19h Atualizado 16 minutos atrás por Matheus Silva
A declaração foi feita nesta terça-feira (17), durante evento transmitido ao vivo (Imagem: Shutterstock)
A declaração foi feita nesta terça-feira (17), durante evento transmitido ao vivo (Imagem: Shutterstock)

🚨 A JBS (JBSS32), maior produtora de carnes do mundo, enxerga no mercado europeu de proteína animal um terreno fértil para expansão.

Segundo Wesley Batista, acionista controlador da companhia, o setor no continente é “fragmentado” e, por isso, abre espaço para novas aquisições.

A declaração foi feita nesta terça-feira (17), durante evento transmitido ao vivo, em que também participou Marcos Molina, controlador da Marfrig (MRFG3) e da BRF (BRFS3).

Batista afirmou que a listagem das ações da JBS em Nova York no início deste ano trouxe vantagens estratégicas, ao ampliar o acesso da empresa a investidores globais e reduzir o custo de capital.

Esse movimento, segundo ele, fortalece a capacidade de competir frente a rivais internacionais como a Tyson Foods, nos Estados Unidos, e também empresas brasileiras listadas em bolsa, como a Minerva (BEEF3).

Apesar do apetite para aquisições na Europa e em outros mercados, Batista reconheceu que no Brasil e nos Estados Unidos as possibilidades são praticamente nulas por conta de barreiras concorrenciais.

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A empresa já concentra participação significativa nos segmentos de bovinos, suínos e aves nesses mercados, o que limita qualquer avanço via fusões ou incorporações.

“No boi, porco e frango, eu não posso fazer aquisição nenhuma mais, pois nós temos ao redor de 20% a 25% do mercado norte-americano das três proteínas”, explicou.

Situação semelhante ocorre no Brasil, o que, na visão do empresário, inviabiliza a expansão local por meio de aquisições em alimentos processados.

Outro ponto destacado por Batista foi o impacto indireto de medicamentos como Mounjaro e Ozempic sobre a demanda global por proteínas.

Segundo ele, o uso crescente desses remédios para emagrecimento — já adotados com frequência por cerca de 15 milhões de americanos — está impulsionando o consumo de carne.

📊 Ainda não há dados concretos para mensurar esse efeito, mas Batista avaliou que a tendência favorece a indústria de alimentos no longo prazo.