CBA (CBAV3) encolhe capital em R$ 401 mi para cobrir prejuízos, sem afetar acionistas
Com a operação, o capital social da companhia será reduzido de R$ 4,955 bilhões para R$ 4,554 bilhões.
🚨 A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA – CBAV3) anunciou nesta sexta-feira (23), a assinatura de dois acordos estratégicos com Casa dos Ventos e Auren Energia (AURE3) para a aquisição de participações em ativos de autoprodução de energia eólica, com desembolso total de R$ 158 milhões.
O contrato prevê o fornecimento de 115 megawatts médios (MWm) de energia a partir de 2027, com validade de 15 anos, e reforça o plano da CBA de diversificar sua matriz energética com foco em fontes renováveis e mais competitivas.
Segundo o fato relevante enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a energia será utilizada para abastecer a principal unidade industrial da companhia, localizada no município de Alumínio (SP), referência na produção de alumínio no Brasil.
A divisão do fornecimento será feita da seguinte forma:
Ambos os parques eólicos estão localizados no Rio Grande do Norte (RN), estado que concentra parte relevante da geração de energia limpa no país.
A gestão das operações e manutenção dos ativos ficará sob responsabilidade das respectivas geradoras.
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A conclusão das transações ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do cumprimento de outras condições contratuais previstas.
“Com a conclusão das transações, a CBA reforça sua estratégia de diversificação da matriz energética, ampliando a capacidade de geração de energia nova, competitiva e renovável, garantindo assim as condições para o crescimento de longo prazo da companhia e o desenvolvimento das comunidades onde atua”, destacou a empresa em comunicado oficial.
📈 A aposta na autoprodução de energia se tornou um diferencial estratégico para empresas eletrointensivas como a CBA, especialmente em meio à volatilidade dos preços do mercado livre de energia.
Ao garantir contratos de longo prazo com fontes renováveis, a companhia reduz sua exposição a custos energéticos elevados e, ao mesmo tempo, fortalece seus compromissos com a sustentabilidade e com a agenda ESG (ambiental, social e de governança).
Com a operação, o capital social da companhia será reduzido de R$ 4,955 bilhões para R$ 4,554 bilhões.
Projeção para CBA é bastante positiva entre os bancos e casas de análises.