Caso do Banco Master preocupa, mas não ameaça o sistema, diz Campos Neto

O ex-presidente do BC disse que o caso Master não representa risco ao setor financeiro e criticou a generalização contra fintechs.

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Publicado em 28/10/2025 às 21:02h - Atualizado 6 horas atrás Publicado em 28/10/2025 às 21:02h Atualizado 6 horas atrás por Matheus Silva
A declaração foi feita em entrevista à GloboNews (Imagem: José Cruz/Agência Brasil)
A declaração foi feita em entrevista à GloboNews (Imagem: José Cruz/Agência Brasil)
🚨 O ex-presidente do Banco Central e atual vice-chairman do Nubank (ROXO34), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (27) que o caso envolvendo o Banco Master não representa risco sistêmico para o sistema financeiro brasileiro.
A declaração foi feita em entrevista à GloboNews, na qual Campos destacou que o episódio pode afetar a percepção do setor, mas não compromete sua solidez.
“Há um consenso grande de que não existe um risco sistêmico. O que existe é um risco de imagem, que precisa ser gerenciado com responsabilidade”, disse. 
Ele também elogiou a condução do tema por parte do Banco Central, ressaltando que a autoridade monetária tem agido com correção diante do impasse.
A situação do Banco Master ganhou visibilidade após a tentativa de compra pelo Banco de Brasília - BRB (BSLI4), operação que acabou vetada pelo Banco Central no mês passado. O órgão regulador avaliou que o negócio não apresentava viabilidade econômica. Desde então, a instituição liderada por Daniel Vorcaro tem buscado alternativas para reforçar sua capitalização.
Campos Neto afirmou que não foi informado sobre a negociação à época em que presidia o BC. “Soube da operação pela imprensa. Não foi algo que passou pela minha gestão”, declarou.
O ex-presidente do BC também comentou os recentes episódios envolvendo a infiltração do crime organizado em instituições financeiras, revelados pela Operação Carbono Oculto. Segundo ele, o foco das investigações foram quatro fintechs, em um universo de mais de 40 empresas.
📊 “Não se trata de um problema exclusivo das fintechs. É um desafio do sistema como um todo”, afirmou. “Temos mais de 1.700 fintechs no país, e os casos problemáticos são uma minoria”, completou.