Casas Bahia (BHIA3) sofre novo golpe; JPMorgan reduz fatia na empresa

O movimento do JPMorgan ocorre após um primeiro semestre marcado por forte oscilação nas ações da Casas Bahia.

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Publicado em 24/07/2025 às 19:06h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 24/07/2025 às 19:06h Atualizado 1 dia atrás por Matheus Silva
Os papéis da empresa subiram mais de 200% no início de 2025 (Imagem: Shutterstock)

🚨 O banco norte-americano JPMorgan comunicou nesta quinta-feira (24), a redução de sua posição acionária na Casas Bahia (BHIA3).

Com a venda de 71 mil instrumentos derivativos lastreados em ações ordinárias, a participação do grupo passou de 5% para 4,93% do capital total da varejista.

De acordo com o documento enviado ao mercado, a decisão tem caráter exclusivamente de investimento, sem intenção de influenciar o controle ou a administração da companhia.

Ações em queda após forte volatilidade

O movimento do JPMorgan ocorre após um primeiro semestre marcado por forte oscilação nas ações da Casas Bahia.

Os papéis da empresa subiram mais de 200% no início de 2025, impulsionados por movimentações de grandes investidores, como Rafael Ferri (GTF Capital) e Michael Klein, herdeiro do fundador da rede.

No entanto, as ações recuaram cerca de 70% logo em seguida, refletindo a fragilidade da estrutura financeira da empresa e a percepção de risco elevado.

No acumulado de 2025, os papéis da Casas Bahia registram uma queda de 8,73% na B3.

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Dívida alta e prejuízo ainda pesam

No primeiro trimestre de 2025 (1T25), a Casas Bahia apresentou prejuízo líquido de R$ 408 milhões, resultado acima do esperado por analistas.

A dívida bruta da companhia somava R$ 4,4 bilhões, com alavancagem de 1,6 vez sobre o Ebitda — patamar que representa risco elevado para investidores.

📈 Como parte do esforço para reduzir essa alavancagem, a varejista anunciou em junho um acordo com credores para conversão de dívidas em ações, movimento que pode aliviar o caixa e melhorar a estrutura de capital no médio prazo.