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A fabricante de carros voadores Eve Air Mobility conseguiu fechar mais um empréstimo com o BNDES. Desta vez, a subsidiária da Embraer (EMBJ3) levantou R$ 200 milhões, conforme comunicado divulgado na tarde de terça-feira (9).
O valor será usado para acelerar a fabricação dos chamados eVTOLs (aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical). A maior parte será aplicada na implantação e funcionamento dos motores do primeiro veículo a ser lançado pela marca.
O valor autorizado se divide entre R$ 160 milhões oriundos do Fundo do Clima e R$ 40 milhões da linha Finem, que prevê recursos para as áreas de inovação.
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Em agosto deste ano, a empresa já havia recebido aprovação para obter mais R$ 400 milhões em financiamento do BNDES. Nesse caso, o acordo foi de cessão de 4,4% das ações da companhia, que ainda não tem eVTOLs em operação.
“Esse financiamento acelera uma etapa crítica do nosso programa: a integração do sistema de propulsão elétrica, que garantirá desempenho, segurança e confiabilidade à nossa primeira aeronave certificável. Agradecemos ao BNDES pela confiança e pelo apoio contínuo à nossa visão de transformar a mobilidade urbana com soluções eficientes e sustentáveis, desenvolvidas e industrializadas no Brasil”, disse Eduardo Couto, CFO da Eve.
No total, já são mais de R$ 1,2 bi levantados em créditos ao longo dos últimos 12 meses, conforme histórico. Agora, a empresa trabalha para começar os testes de seus equipamentos e garantir a certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
“O apoio do BNDES é um passo estratégico para colocar o Brasil na vanguarda da mobilidade aérea sustentável. Sob a orientação do presidente Lula, reafirmamos o compromisso do governo com o desenvolvimento econômico, a geração de empregos qualificados e a liderança do país na transição para um futuro de transporte mais limpo e inteligente. O primeiro voo do eVTOL acontecerá 120 anos após o voo do 14-Bis, feito histórico de Santos Dumont e legado para o mundo”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
A empresa também está celebrando sua chegada à bolsa brasileira por meio de BDRs. Os ativos estão listados na B3 como frações dos que estão disponíveis na Bolsa de Nova York.
A empresa está listada na NYSE desde 2022 e, desde então, os investidores precisam recorrer ao mercado norte-americano para colocar as ações na carteira. Agora, é possível investir na companhia diretamente pelos bancos e corretoras brasileiras.
Os papéis chegam à B3 identificados como Eve Holding Inc, sob o código EVEB31 e um valor de mercado de R$ 9,4 bilhões. Na tarde desta terça-feira (10), eles são negociados por cerca de R$ 27, conforme dados da B3.
“Não é só tecnologia que importa. Estamos na bolsa com governança, ética e compliance, oferecendo ao investidor brasileiro uma alternativa segura para participar dessa jornada”, afirmou Antônio Garcia, vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Embraer.
No último balanço registrado, a companhia divulgou um prejuízo líquido de R$ 46,9 milhões. O resultado surge do fato de que a companhia ainda não tem operações, o que faz com que todas as receitas sejam justamente para viabilizar o projeto de carros voadores pelo Brasil.
Apesar do prejuízo, a carteira de clientes já é bastante atrativa, hoje avaliada em US$ 14 bilhões. O valor é fruto de 2,8 mil eVTOLs pré-encomendados, conforme destacou o documento referente ao trimestre passado.
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