Sequoia (SEQL3) propõe grupamento de ações, na proporção de 20 para 1
Proposta será levada para deliberação dos acionistas, na assembleia geral prevista para 29 de abril.
A fusão entre a Sequoia (SEQL3) e o Grupo Move3 está mais perto de virar realidade. É que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a operação, que criaria uma das maiores empresas privadas do segmento de encomendas expressas e soluções logísticas do país.
📃 Em comunicado ao mercado publicado nesta segunda-feira (26), a Sequoia disse que o Cade emitiu na última sexta-feira (23) uma certidão atestando a decisão da Superintendência-Geral do órgão que, em 5 de fevereiro, aprovou, sem quaisquer restrições, a realização da potencial combinação de negócios.
A Sequoia ressaltou, no entanto, que a operação ainda "se encontra sujeita ao cumprimento de outras condições precedentes estabelecidas no memorando de entendimentos" que assinou com o Grupo Move3 no final de 2023. A companhia não detalhou essas condições, disse apenas que manterá seus acionistas e o mercado informados sobre "andamentos relevantes" do processo.
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A Sequoia e o Grupo MOVE3 assinaram um memorando de entendimentos vinculante em 28 de dezembro de 2023 para "regular os principais termos e condições aplicáveis" a uma potencial combinação de negócios.
A ideia é que a Sequoia incorpore o Grupo Move3, que é dono de marcas como Moove+, Flash Courier e Rodoê. Para isso, a companhia deve conceder aos acionistas do Move3 uma parcela em caixa de R$ 50 milhões e mais de 726 milhões de novas ações da companhia. Essas ações representariam de 34% a 42,5% do capital social da companhia, estima a Sequoia.
Ao anunciar a possível fusão, em 2 de janeiro de 2024, a Sequoia disse que "a combinação de negócios pretendida resultará em um modelo único de malha logística no mercado nacional, aliando as melhores práticas em um só grupo, criando um dos líderes privados no segmento de encomendas expressas e soluções logísticas".
📦 A Sequoia é uma companhia de logística que opera principalmente com entregas para o e-commerce brasileiro. Já o Move3 opera diretamente com os meios de pagamento, na entrega de produtos do e-commerce, mas também de documentos e encomendas urgentes.
A possível fusão impulsionou as ações da Sequoia no primeiro pregão de 2024. O papel subiu 107,89% em 2 de janeiro, fechando aos R$ 0,79. Contudo, não conseguiu segurar os ganhos e continua na categoria de penny stocks (ações que valem centavos) da B3.
Nesta segunda-feira (26), o papel opera com estabilidade aos R$ 0,45, mesmo depois da notícia de que o Cade aprovou a combinação de negócios com o MOVE3. Em um mês, a rentabilidade foi negativa em 15%, segundo dados do Investidor10.
Proposta será levada para deliberação dos acionistas, na assembleia geral prevista para 29 de abril.
Negócio deve formar uma das maiores plataformas logísticas do Brasil.