Banco do Brasil (BBAS3) azeda a sexta-feira do Ibovespa, que quase perde os 139 mil pontos
Ações da estatal afundaram mais de 12%, após a instituição financeira revelar um forte recuo em seu lucro no 1T25
💲 O BTG Pactual mudou a recomendação das ações do Banco do Brasil (BBSA3) de "compra" para "neutra" devido ao baixo desempenho das ações na sexta-feira (16), após os resultados do BB no 1T25 (1º trimestre de 2025).
Em nota ao mercado nesta segunda-feira (19), a instituição afirmou que não vê um bom ponto de entrada para os papéis da companhia, não recomendando a compra nesse momento.
Mesmo com as sinalizações do Banco do Brasil de que o pior já passou, os analistas do BTG Pactual estão céticos em relação às projeções internas do banco público. Eles notam que o balanço não apresenta a mesma consistência de anos anteriores e que a correção de 13% nas ações após o resultado ficou aquém das expectativas.
💰 O grupo liderado por André Esteves tem dúvidas principalmente sobre a carteira de crédito do agronegócio do Banco do Brasil, que corresponde a quase um terço dos empréstimos totais. De acordo com o relatório dos especialistas, a inadimplência nesse segmento continua em alta e supera as expectativas do banco.
A expectativa era de que o banco adotasse medidas de alívio, mas a aplicação da resolução 4.966 do Banco Central, que alterou as regras de provisionamento, acabou sendo mais prejudicial para o banco devido à sua alta exposição ao agronegócio.
O Banco do Brasil encerrou o 1T25 com um lucro líquido ajustado de R$ 7,374 bilhões, uma queda de 20,7% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado do banco também caiu 23,0% em relação ao quarto trimestre.
Já o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) do BB foi de 16,7% no trimestre, com reduções de 4,98 pontos percentuais em base anual e de 4,16 pontos percentuais na comparação trimestral.
💲 O banco também registrou R$ 2,421 trilhões em ativos ao final do trimestre, um aumento de 5,0% em relação ao mesmo período do ano passado e uma queda de 0,5% em três meses.
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Na outra ponta, o patrimônio líquido ficou em R$ 184,189 bilhões, com alta de 2,9% em um ano. A carteira de crédito do banco cresceu 14,4% em um ano, para R$ 1,277 trilhão, impulsionada pela expansão de 22,4% na carteira de crédito para pessoas jurídicas, que atingiu R$ 459,885 bilhões.
Além disso, a inadimplência da carteira de crédito ficou em 3,9%, considerando atrasos acima de 90 dias, com aumentos de 0,96 ponto percentual em um ano e de 0,54 ponto percentual em três meses.
🤑 A margem financeira do banco totalizou R$ 23,881 bilhões, uma redução de 7,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O banco registrou uma margem com clientes de R$ 20,328 bilhões, um aumento de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024.
O resultado da tesouraria foi de R$ 7,201 bilhões, com quedas de 39,7% em um ano e de 39,1% em um trimestre. Já a receita com serviços do banco foi de R$ 8,361 bilhões, apresentando uma alta de 0,2% em um ano.
Ações da estatal afundaram mais de 12%, após a instituição financeira revelar um forte recuo em seu lucro no 1T25
Analistas pontuaram que realidade superou as expectativas que já eram baixas.