A BRF (BRFS3) registrou um lucro líquido de R$ 1,094 bilhão no segundo trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 1,337 bilhão sofrido no mesmo período de 2023. Com isso, a companhia aprovou a recompra de até 17 milhões de ações.
Este é o terceiro trimestre consecutivo de lucro da BRF e também o melhor segundo trimestre da história da companhia. O resultado foi puxado pelo aumento das vendas e pela recuperação dos preços, além da redução das despesas financeiras líquidas.
🐔 No segundo trimestre, a BRF registrou aumento das vendas em todas as categorias em que atua no mercado brasileiro, com destaque para os produtos processados. Além disso, a empresa conquistou novos mercados internacionais, viu os preços de frango se recuperarem no exterior e ganhou com a alta do dólar.
Com isso, a receita líquida da BRF saltou 22,3% na comparação com o segundo trimestre de 2023, atingindo R$ 14,9 bilhões. O resultado financeiro também melhorou, com a redução das despesas com juros e a variação cambial.
O resultado foi um salto de 160,4% do Ebitda ajustado, que havia sido de R$ 1 bilhão no segundo trimestre de 2023 e alcançou R$ 2,6 bilhões no mesmo período deste ano. A margem Ebitda ajustada foi de 17,6%, ante 8,2%.
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Apesar dos resultados positivos no segundo trimestre, a BRF também reportou um impacto de R$ 113 milhões das chuvas no Rio Grande do Sul.
Segundo a companhia, a cifra se refere às "perdas e gastos adicionais ocorridos no processo produtivo do agro e indústria, para a recuperação de estruturas e maquinários, maiores gastos logísticos, assim como para a realização de doações".
Com fábricas afetadas pelas chuvas, a BRF disse, no entanto, que "possui apólices de seguros para eventos dessa natureza e está em processo de regulação deste sinistro no Rio Grande do Sul".
Diante desses resultados, a BRF decidiu ampliar o programa de recompra de ações aprovado em 7 de maio. Com isso, o limite do programa de recompra subiu de 14 milhões para 31 milhões de ações.
📈 Segundo a BRF, a aquisição de um adicional de até 17 milhões de ações visa "maximizar a geração de valor para o acionista, promovendo a alocação eficiente dos recursos disponíveis e da estrutura de capital da Companhia".
A companhia disse ainda que a recompra não deve afetar a sua composição acionária, tampouco a sua saúde financeira. A BRF usará recursos da reserva de capital para recomprar as ações.
As ações poderão se recompradas até 7 de outubro de 2025. Depois disso, podem ser mantidas em tesouraria, alienadas, canceladas ou usadas nos planos de outorga de ações da companhia.
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