BRB (BSLI3): Minoritários questionam compra do Banco Master

A ANEABRB ainda expressa críticas à não realização de uma assembleia de acionistas pelo banco.

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Publicado em 11/04/2025 às 08:08h - Atualizado 23 dias atrás Publicado em 11/04/2025 às 08:08h Atualizado 23 dias atrás por Elanny Vlaxio
A aquisição ainda necessita da aprovação do Cade (Imagem: Shutterstock)

🗨️ A ANEABRB (Associação Nacional dos Empregados Ativos e Aposentados do BRB) declarou sua "profunda preocupação" com a maneira como está sendo conduzida a operação societária que engloba a aquisição do Banco Master e a reestruturação do conglomerado BRB (BSLI3)

A entidade afirma que a transação, cujo anúncio ocorreu em 28 de março, tem sido gerida com "acelerado ritmo institucional, ausência de transparência e total exclusão dos acionistas minoritários". Segundo a associação, mesmo após o envio de múltiplos ofícios à administração do banco, não foi possível obter uma resposta oficial.

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💭 “Trata-se de uma operação com impacto direto sobre a estrutura societária, financeira e regulatória do BRB, com efeitos potenciais sobre o controle acionário exercido pelo governo do Distrito Federal, o perfil de risco da companhia, sua capacidade de distribuição de dividendos e, principalmente, a sua natureza jurídica como sociedade de economia mista“, declarou a associação, em nota. 

A ANEABRB ainda expressou críticas à não realização de uma assembleia de acionistas pelo banco, conforme disposto no artigo 256 da Lei das S.A., norma aplicável a operações que superam 25% do patrimônio líquido da companhia, segundo informações da "Reuters". 

O que se sabe sobre a compra

O Banco de Brasília conseguiu, em março, a aprovação de seu conselho de administração para a compra de 58% das ações do Banco Master. Essa aquisição resultará em um total de 15 milhões de clientes para o BRB, R$ 112 bilhões em ativos, R$ 72 bilhões em carteira de crédito e mais de R$ 100 bilhões em captações. A aquisição ainda necessita da aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e do Banco Central.  

🕵️ O anúncio de venda, no entanto, gerou uma série de investigações. O MPF (Ministério Público Federal), por exemplo, abriu uma investigação na última quarta-feira (8) para analisar se há irregularidades contra o sistema financeiro na negociação.