Braskem (BRKM5): Oferta de Tanure enfrenta ceticismo de credores, dizem fontes

🚨 A proposta deNelson Tanure para adquirir a participação da Novonor na Braskem (BRKM5) enfrenta resistência entre os principais credores da petroquímica, incluindo bancos brasileiros e o governo federal.

De acordo com fontes próximas ao assunto, a receptividade inicial à oferta tem sido marcada por ceticismo.

Os credores preferem, por ora, seguir com um plano previamente em discussão que visa à reestruturação da empresa antes de uma venda mais ampla dos ativos, permitindo melhor valorização e recuperação dos créditos relacionados às dívidas da Novonor.

As fontes afirmam que bancos como o BNDES foram surpreendidos com a movimentação de Tanure, cuja oferta — não vinculante — foi oficializada na última sexta-feira.

Embora o empresário tenha declarado compromisso com o investimento de longo prazo na Braskem, detalhes financeiros e estruturais da proposta não foram divulgados, gerando dúvidas entre os credores.

Enquanto algumas conversas informais aconteceram entre Tanure e representantes dos bancos, não houve apresentação formal da proposta ou de um plano de recuperação mais robusto até o momento.

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Plano dos credores é reestruturar para depois vender

Antes da chegada da proposta de Tanure, os credores, que incluem bancos privados e o BNDES, mantinham discussões com Geribá Investimentos e IG4 Capital — ambas especializadas em situações especiais e reestruturação de empresas.

O objetivo seria realizar uma reestruturação estratégica da Braskem, aumentando sua eficiência e valor de mercado, para depois vender gradualmente as ações dadas como garantia em empréstimos da Novonor — uma abordagem mais conservadora que poderia maximizar o valor de recuperação.

Até o momento, nenhuma empresa foi contratada de maneira definitiva, mas fontes indicam que os bancos seguem abertos a outras propostas além da de Tanure, caso sejam mais vantajosas.

Contexto da dívida e venda da Novonor

📊 A Novonor, antiga Odebrecht, vem tentando há anos se desfazer da participação na Braskem, que está presa a garantias de cerca de R$ 15 bilhões em dívidas acumuladas durante a crise desencadeada pela Operação Lava Jato.

Atualmente, o valor de mercado das ações é menos de um terço do montante da dívida.

Além de convencer os bancos, qualquer acordo também precisará do aval da Petrobras (PETR4), segunda maior acionista da Braskem, que também busca ter maior representatividade nas decisões estratégicas da petroquímica.

A proposta de Tanure ainda está sujeita a várias condições, como a negociação com os credores e o cumprimento das obrigações existentes da Novonor com a Petrobras.

Enquanto isso, o processo de venda da Braskem segue indefinido, e o mercado aguarda os próximos passos — seja a evolução da proposta de Tanure ou avanços na reestruturação interna antes de uma eventual venda.