21 ações que pagarão mais dividendos em 2025, segundo BTG Pactual
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva
O Brasil não vai entrar em uma guerra comercial com os Estados Unidos, mesmo com o aumento das tarifas de importação americanas. Foi o que disse o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, nesta terça-feira (11).
🗣️ "O Brasil não estimula e não entrará em nenhuma guerra comercial. Sempre seremos favoráveis para que se fortaleça, cada vez mais, o livre comércio", afirmou Padilha, ao ser questionado por jornalistas sobre as taxas aplicadas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou para 25% as tarifas sobre todas as importações americanas de aço e alumínio na segunda-feira (10). Além disso, cancelou isenções e cotas de importação que favoreciam grandes fornecedores do produto, como o Brasil. E promete avançar com a taxação, impondo "tarifas recíprocas" a diversos países.
A ordem executiva de Trump cita especificamente o Brasil. Segundo o texto, países que tinham cotas de exportação para o mercado americano, como o Brasil, elevaram significativamente as exportações nos últimos anos. O documento ainda cita o aumento da entrada de aço chinês no Brasil, sugerindo que isso teria levado os produtores brasileiros a vender mais no exterior.
💲 As tarifas devem atingir fortemente as exportações brasileiras. Afinal, o Brasil é o segundo maior fornecedor de aço dos Estados Unidos. Por isso, preocupa o mercado e o governo. Padilha disse, no entanto, que o governo não considera entrar em uma guerra comercial.
"O presidente Lula tem dito sempre, com muita clareza, que guerra comercial não faz bem para ninguém. Um dos avanços importantes que tivemos é exatamente o diálogo com os países", afirmou o ministro.
Na semana passada, no entanto, Lula havia dito que o Brasil responderia os Estados Unidos com medidas de reciprocidade em uma eventual elevação das tarifas comerciais. "O mínimo de decência que merece um governo é utilizar a lei da reciprocidade", disse Lula, na quarta-feira (5).
Leia também: Quais empresas da B3 podem ser prejudicadas com anúncio de Trump?
⚒️ O Instituto Aço Brasil e a Abal (Associação Brasileira do Alumínio) mostraram preocupação com o impacto das novas tarifas americanas sobre as exportações brasileiras. Contudo, mostraram divergências sobre o posicionamento que deve ser adotado pelo governo brasileiro neste caso.
Em nota, o Aço Brasil disse que a taxação não será benéfica nem para o Brasil, nem para os Estados Unidos. Por isso, mostrou confiança "na abertura de diálogo entre os governos dos dois países, de forma a restabelecer o fluxo de produtos de aço para os Estados Unidos" nas bases acordadas anteriormente.
Já a Abal defendeu "o fortalecimento dos instrumentos de defesa comercial e a recalibração da política tarifária nacional, de forma a corrigir distorções no mercado para proteger a indústria nacional contra a concorrência desleal e os impactos adversos provenientes dessa nova reconfiguração internacional".
"Cenários desafiadores como este requerem sensibilidade e diálogo na construção de soluções que não são simples, mas que levem em consideração a necessidade de evitar disrupturas no suprimento de produtos e materiais estratégicos para a economia brasileira", afirmou a Abal.
Na avaliação de especialistas, as tarifas anunciadas na segunda-feira (10) pelos Estados Unidos devem atingir sobretudo a Usiminas (USIM5) e a CSN (CSNA3).
A Vale (VALE3) também pode ser afetada, já que o minério de ferro é usado na produção de aço.
Já a Gerdau (GGBR4) deve sentir menos os danos causados pelas tarifas, porque tem operações industriais nos Estados Unidos.
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva
Maior criptomoeda do mundo se valorizou quase +2% no mês que se encerra, mas soma ganhos de +184% nos últimos 12 meses