O Brasil e o Paraguai entraram em acordo, nesta quarta-feira (21), para destravar o orçamento de Itaipu temporariamente, até março. Com a decisão, os pagamentos ligados a hidrelétrica estão liberados, inclusive, o salário de funcionários.
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O Paraguai parou de dar andamento a procedimentos que fixariam o orçamento anual de 2024, o que deixou a usina parada desde janeiro de 2024.
Pelo Tratado de Itaipu, cada país tem direito a 50% da energia gerada pela hidrelétricas, mas os paraguaios nunca atingiram essa cota, consumindo cerca de 17%. Chamada de Cuse (Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade), a taxa é definida todos os anos entre os dois países.
⚡ As discussões começaram em dezembro de 2023, com o cancelamento das reuniões pelo Paraguai. Logo depois, em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o presidente paraguaio, Santiago Peña, em que reconheceram haver divergências sobre a tarifa.
"Eu disse ao companheiro que vamos rediscutir a questão das tarifas de Itaipu. Nós temos divergência na tarifa, mas estamos dispostos a encontrar solução conjuntamente e nos próximos dias vamos voltar a fazer reunião", disse Lula na época.
Mesmo com o acordo entre os diretores dos dois países, ainda não há solução para tarifa energia. Durante os 40 dias liberados para o orçamento, a tarifa está fixada em US$ 16,71/kW, mas o Paraguai propôs o valor aproximado de US$ 20,75/kW. Os recursos da usina devem financiar até R$ 1 bilhão nas obras para a COP30 (Conferência do Clima da ONU), que será em Belém (PA), em 2025.
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