Bradesco (BBDC4) deve apresentar novo salto no lucro no 2T25; alta pode chegar a 29%

A ação do Bradesco acumula uma valorização de 35% no ano, impulsionada pelo otimismo do mercado com o plano de reestruturação da instituição.

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Publicado em 29/07/2025 às 19:18h - Atualizado 8 horas atrás Publicado em 29/07/2025 às 19:18h Atualizado 8 horas atrás por Matheus Silva
O resultado oficial do Bradesco será divulgado na próxima quarta-feira (Imagem: Shutterstock)

🚨 O Bradesco (BBDC4) pode anunciar mais um trimestre de resultados positivos, reforçando seu papel de destaque entre os grandes bancos brasileiros em 2025.

A expectativa é de que o banco reporte um lucro líquido de até R$ 6,1 bilhões no segundo trimestre, representando uma alta de 3,6% em relação ao trimestre anterior e um avanço expressivo de 28,9% na comparação anual, conforme estimativas da Genial Investimentos.

A ação do Bradesco acumula uma valorização de 35% no ano, impulsionada pelo otimismo do mercado com o plano de reestruturação da instituição, que vem priorizando eficiência operacional, digitalização de serviços e foco no público de alta renda.

ROE avança, mas ainda abaixo do custo de capital

As projeções apontam para um ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) de 14,3%, um crescimento de 2,52 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.

Ainda que o índice permaneça abaixo do custo de capital do banco, o avanço indica uma trajetória de recuperação contínua da rentabilidade.

“O banco segue avançando em seu plano de reestruturação, com fechamento de agências, digitalização do segmento massificado, foco no público de alta renda e busca por eficiência”, escreveram os analistas da Genial.

O CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, tem reiterado que a estratégia do banco é de crescimento “step by step” (passo a passo), priorizando a qualidade dos ativos e a solidez do balanço.

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Safra também projeta lucro robusto, mas aponta desafios

Na avaliação do Banco Safra, o lucro do Bradesco no segundo trimestre deve chegar a R$ 6 bilhões, o que representa uma alta de 3% em relação ao trimestre anterior e 28% na comparação com o ano passado. Entre os fatores positivos destacados estão:

  • Queda na carteira reestruturada, com a baixa de safras antigas;
  • Melhora na margem com depósitos, impulsionando a NII (margem financeira líquida) com clientes;
  • Desempenho forte do setor de seguros, que deve sustentar a rentabilidade.

Apesar dos avanços, o Safra alerta para sinais de desaceleração no crédito e aumento marginal na inadimplência, especialmente nas linhas tradicionais.

A expectativa é de uma alta de seis pontos-base no custo do risco, ainda em patamar considerado saudável.

“Esperamos um aumento sequencial marginal de 6 pontos-base no custo do risco, ainda operando em níveis saudáveis, considerando que o banco aumentou substancialmente os empréstimos com garantia”, destacou o Safra.

Perspectivas para o segundo semestre

Para os analistas da Genial, a recuperação mais consistente do ROE deve ocorrer apenas a partir de 2026, quando o banco poderá, enfim, superar de forma sustentável seu custo de capital em alguns trimestres.

Até lá, o foco permanece na recomposição de margens, ganho de eficiência e fortalecimento dos pilares de rentabilidade, o que tem sustentado a valorização das ações e reforçado a confiança dos investidores na estratégia de longo prazo da instituição.

📊 O resultado oficial do Bradesco será divulgado na próxima quarta-feira (30) e deve ser acompanhado de perto pelo mercado como um termômetro para o desempenho do setor bancário no segundo semestre.