Bolsa para compra e venda de energia estreia no Brasil, entenda

Chamada de N5X, a primeira bolsa de energia brasileira tem apoio da B3 e do Grupo EEX.

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Publicado em 20/06/2024 às 15:56h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 20/06/2024 às 15:56h Atualizado 2 meses atrás por Marina Barbosa
N5X já estreia com mais de 160 empresas cadastradas (Shutterstock)

O Brasil ganhou uma bolsa para compra e venda de energia elétrica. Batizada de N5X, a primeira bolsa de energia brasileira mira em empresas habilitadas para operar no mercado livre de energia.

💡 A plataforma foi lançada nesta quinta-feira (20) e já conta com mais de 160 empresas registradas, entre geradores, comercializadoras e grandes consumidores de energia, além de instituições financeiras.

Entre as empresas já cadastradas na N5X, estão nomes como Raízen (RAIZ4), Engie (EGIE3), Copel (CPLE6), AES Brasil (AESB3), Light (LIGT3), Assaí (ASAI3), Alupar (ALUP11) e Banco ABC Brasil (ABCB4).

O objetivo da N5X é permitir a compra e venda de energia no mercado livre com segurança, transparência e agilidade em negociações bilaterais. A digitalização do processo de formalização dos contratos bilaterais é outro ganho.

"As transações seguras atingem preços precisos por estarem baseadas em plataformas de padrão internacional com informação imparcial transparente para todos os envolvidos", diz o manifesto da N5X.

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B3 apoia

🤝 A N5X conta com o apoio da B3 (B3SA3) e do Grupo EEX, o maior grupo de bolsa de energia do mundo. É que a bolsa foi criada pelo fundo independente da B3 voltado a investimentos em inovação e setores com alto potencial de crescimento, o L4 Venture Builder, e pela Nodal, uma empresa do Grupo EEX.

"Nós, a N5X, somos a nova bolsa de energia brasileira fruto da união da expertise de infraestrutura do setor financeiro local com a experiência do maior grupo de bolsas de energia do mundo, o Grupo EEX. E nos juntamos ao setor para elevar os negócios de energia no Brasil à sua plena potência", diz a N5X em seu manifesto.

Segundo a B3, "no longo prazo, o objetivo é trazer o mercado financeiro para o setor, seguindo a evolução de países que passaram pelo processo de liberalização".

"A partir da abertura do mercado livre de energia e, consequentemente, com uma competição mais ampla, acreditamos que o nível de serviços, inovação e volume de negociações irá evoluir significativamente. Nossa meta é aumentar o giro atual do mercado de 4,27 vezes em 2022 para 10 vezes nos próximos anos”, disse o CEO da N5X, Dri Barbosa.