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🚨 O cenário inflacionário de 2024 segue em ascensão, com o mercado financeiro ajustando mais uma vez sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), agora estimado em 4,59%, conforme o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central.
Esta é a quinta elevação consecutiva nas previsões, ultrapassando o teto da meta oficial, que é de 4,5%, e indicando uma pressão inflacionária crescente para o próximo ano.
O IPCA de setembro apontou que fatores climáticos adversos, como secas prolongadas, estão gerando aumentos nos custos de energia elétrica e alimentos.
Esses elementos foram cruciais para a alta recente e se somam ao impacto de variáveis externas que influenciam diretamente o consumo e o poder de compra dos brasileiros.
Para 2025, a estimativa de inflação também teve um leve ajuste, de 4% para 4,03%, enquanto para 2026 a projeção subiu para 3,61%.
Essa trajetória de aumento nas previsões reforça a expectativa de que a economia brasileira enfrentará um período desafiador, especialmente para as famílias de baixa renda, cujos salários não acompanham o ritmo da elevação de preços.
Apesar da inflação em alta, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 segue otimista, subindo para 3,10%.
Esse índice, que mede o valor total dos bens e serviços produzidos no país, é fundamental para avaliar o ritmo de crescimento econômico.
Para 2025, contudo, o crescimento esperado permanece mais modesto, com a previsão mantida em 1,93%.
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Os economistas do mercado financeiro mantêm a previsão de aumento na taxa Selic, que atualmente está em 10,75% ao ano, após a elevação em setembro.
Para o fim de 2024, a estimativa é que a Selic alcance 11,75% ao ano, sugerindo novas elevações até o término do ano, ainda que com menor intensidade para o futuro próximo.
Para 2025, a taxa é projetada em 11,50%, um ajuste pequeno, porém significativo, refletindo um cenário de cautela no controle inflacionário.
💲 Em relação ao câmbio, o dólar é projetado para encerrar 2024 em R$ 5,50, uma leve elevação frente à projeção anterior de R$ 5,45.
Para 2025, a moeda americana deve fechar em R$ 5,43. A balança comercial, por sua vez, teve sua estimativa de superávit reduzida, passando de US$ 78 bilhões para US$ 77,8 bilhões em 2024.
Já a previsão de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permanece estável para 2024 em US$ 72 bilhões, enquanto para 2025 houve uma leve queda, de US$ 74 bilhões para US$ 73,8 bilhões.
Essas previsões são fundamentais para entender os desafios e oportunidades que o Brasil enfrentará nos próximos anos.
A inflação persistente e acima da meta oficial impacta diretamente o poder de compra, principalmente das classes menos favorecidas, além de influenciar decisões sobre política monetária.
Por outro lado, o crescimento econômico, ainda que moderado, pode ser um alívio para setores específicos, desde que combinado com medidas que minimizem os efeitos da inflação sobre o consumo.
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