Banco do Brasil (BBAS3) lança 1º cartão totalmente em braile
O lançamento acontece no Dia Nacional do Sistema de Braile.
A "crise do agronegócio" ligou um alerta no mercado sobre os próximos resultados do Banco do Brasil (BBAS3), já que o banco é líder em crédito rural no país. Contudo, o BB evita usar esse termo para descrever a situação do setor e parece não ver ameaças para o seu guidance.
⚠️"Acreditamos que a expressão mais adequada seria 'superar os desafios' e não 'enfrentamento de crise' no setor", disse o Banco do Brasil, ao ser questionado pelo Investidor10 sobre o assunto.
Em nota, o BB reconhece que o agronegócio brasileiro enfrenta desafios, como a redução do preço das commodities e condições climáticas adversas, a exemplo da seca no centro-norte e das chuvas intensas no sul, que atrasaram o plantio de novas colheitas.
Contudo, diz que os preços de comercialização das commodities ainda estão em um "patamar remunerador" para boa parte dos produtores e afirma que o país pode ter a segunda maior safra da sua história em 2023/2024, já que as projeções da Conab apontam para uma produção 298,41 milhões de toneladas de grãos no período.
O BB acredita, então, "que não há crise no agro". Além disso, descarta uma piora acentuada da carteira de crédito do setor, mesmo com o atraso do Plano Safra e o aumento dos pedidos de recuperação judicial.
💵 O banco desembolsou R$ 81 bilhões em financiamentos ao agronegócio do início do Plano Safra 2024/25 até o dia 10 de outubro e diz que a cifra superou o observado no mesmo período da safra anterior. Por isso, elevou a sua participação no programa de 39% para 45%.
A taxa de inadimplência da carteira Agro do BB, por sua vez, estava em 1,32% em junho de 2024, acima dos 0,96% registrados ao final de 2023. O BB diz, no entanto, que a taxa havia batido mínimas históricas nos últimos anos e, agora, "está próxima da média histórica para o segmento".
Além disso, o Banco do Brasil lembrou que o agronegócio não é a única alavanca dos seus resultados.
🏦Ao ser questionado sobre os analistas que projetam "resultados mais fracos do que o esperado" para o trimestre, a instituição disse que o seu "guidance reflete a expectativa do BB para o ano, considerando todos os segmentos de atuação".
"O Banco do Brasil tem diversas alavancas estratégicas e de negócios que apoiam a entrega do seu resultado. O agronegócio, sem dúvida, é uma dessas alavancas e continuamos próximos ao produtor rural, como estivemos em todos os ciclos", declarou.
O BB projeta um crescimento de 11% a 15% da carteira de crédito do agronegócio em 2024 e ressalta que essa alta foi de 16,6% nos 12 meses encerrados em junho. Além disso, projeta um lucro líquido ajustado anual entre R$ 37,0 bilhões e 40,0 bilhões.
O banco, no entanto, não tem um guidance para a inadimplência do agro e elevou a projeção das provisões para créditos de liquidação duvidosa na apresentação dos resultados do segundo trimestre.
Inicialmente, o BB esperava desembolsar de R$ 27 bilhões a R$ 30 bilhões com essas provisões em 2024. Agora, o guidance é de R$ 31 bilhões a R$ 34 bilhões.
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Diante da situação delicada do agronegócio, a Genial Investimentos acredita que o BB vai aumentar o provisionamento no segmento rural e, consequentemente, terá um "resultado mais moderado" no terceiro trimestre deste ano.
A projeção é de um lucro de R$ 9,44 bilhões no período, isto é, 0,6% menor do que o do trimestre anterior, mas 7,5% maior que o do mesmo trimestre de 2023.
Ainda assim, a Genial Investimentos vê o BB com um "nível de lucratividade interessante, sendo um dos melhores resultados dentre os incumbentes, tanto em termos de lucro quanto de rentabilidade", e recomenda a compra do papel.
O BTG Pactual também não descarta uma contração trimestral do lucro do BB. "Dada a redução nos preços das commodities, os agricultores têm operado com margens mais apertadas e estão esperando cuidadosamente o momento certo para vender suas colheitas, pagar dívidas existentes e tomar novos empréstimos sob o Plano Safra", explicou.
Já a XP Investimentos fala em um "trimestre desafiador" e uma "deterioração da carteira rural". Por isso, projeta um lucro de R$ 9,5 bilhões para o terceiro trimestre, estável em relação ao trimestre anterior.
"No geral, esperamos que o BB divulgue resultados pouco inspiradores, impulsionados por uma dinâmica saudável de receita, mas um lucro líquido de lado, refletindo um provisionamento mais alto", afirmou a XP.
O BB divulga o balanço do terceiro trimestre na próxima quarta-feira (13), após o fechamento do mercado.
Já o BB Seguridade (BBSE3) apresentou os dados na última segunda-feira (4). O braço de seguros do BB lucrou 10,1% mais no trimestre. Contudo, reduziu a projeção para a emissão de prêmios da Brasilseg em 2024 por causa do "ambiente de negócios mais desafiador para o seguro agrícola".
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