B3 pretende ampliar horário de negociação até o fim de 2024

No início, pregão estendido deve permitir a negociação de dois ativos: futuros de Ibovespa e Bitcoin

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Publicado em 18/01/2024 às 18:56h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 18/01/2024 às 18:56h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
B3 é a operadora da Bolsa de Valores de São Paulo (Divulgação)

A B3 (B3SA3) pretende ampliar o horário de negociação de ativos financeiros a partir do fim de 2024. O pregão estendido será realizado depois do atual horário de fechamento e deve começar com a negociação de dois contratos futuros, um de Ibovespa (Ibov) e um de Bitcoin (BTC).

As negociações na Bolsa costumam ocorrer das 10h às 18h entre novembro e fevereiro. Já entre março e outubro, a B3 encerra o pregão às 17h por causa do horário de verão dos Estados Unidos. A pedido dos investidores, no entanto, a Bolsa vem estudando a ampliação desses horários.

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Em entrevista realizada nesta quinta-feira (18), o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, confirmou que estender o horário das negociações está nos planos da B3 para este ano de 2024. A ideia é lançar o pregão estendido entre o terceiro e o quarto trimestre de 2024, com o horário de negociação começando entre 18h e 19h e seguindo até 21h ou 22h

B3 testará novo horário com futuros de Ibovespa e Bitcoin 

A negociação noturna não estará disponível para todos os ativos no primeiro momento, devido aos custos de adaptação e da liquidez de cada instrumento financeiro. 

🪙 A ideia da B3 é permitir a negociação de apenas dois contratos futuros -um de Ibovespa e um de Bitcoin- no lançamento do pregão estendido, em 2024. O contrato futuro de Bitcoin, contudo, ainda depende de aprovação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

A B3, por sua vez, pode incluir mais ativos no pregão estendido caso o teste inicial corra como o esperado, como ações. A ideia de criar um pré-mercado para alguns ativos também é estudada.

Novo Mercado

A B3 também pretende atualizar as regras do Novo Mercado, o segmento com o mais alto padrão de governança corporativa da Bolsa, em 2024. Segundo Gilson Finkelsztain, a revisão é natural, já que as regras atuais foram aprovadas em 2017 e entraram em vigor em 2018. O presidente da B3 admitiu, contudo, que a possibilidade de revisão ganhou força depois de eventos como a crise das Americanas (AMER3)