Azul (AZUL4): XP derruba preço-alvo e mantém recomendação neutra

BTG e JPMorgan também já cortaram expectativa para companhia brasileira

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Publicado em 20/09/2024 às 13:50h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 20/09/2024 às 13:50h Atualizado 2 meses atrás por Wesley Santana
(Imagem: Shutterstuck)

✈ Nesta sexta-feira (20), a XP Investimentos derrubou o preço-alvo da Azul (AZUL4). Dos R$ 30 previstos anteriormente, a corretora prevê apenas R$ 6,60 para as ações da companhia aérea.

Mesmo com o corte, a XP vê um potencial de quase 20% em relação a cotação atual. Segundo dados da B3, as ações da Azul eram negociadas por R$ 5,60 durante a manhã.

Para os analistas, a companhia aérea deve entregar resultados fracos nos próximos anos, como a redução de receitas. No entanto, Pedro Bruno e Matheus Sant’anna afirmam que a redução de custos no Ebitda pode favorecer os números da empresa.

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Embora a Azul tenha recuperado parte das suas perdas das últimas semanas, desde janeiro os papeis acumulam baixa de 60%. Parte deste resultado negativo está relacionado a negociação de dívidas que ainda não saiu do papel.

A Azul é uma das três maiores companhias aéreas do Brasil, responsável por grande parte do fluxo aéreo do país. Atualmente, a empresa tem um valor de mercado próximo de R$ 2 bilhões, muito diferente do que registrava no ano passado, por exemplo.

No mês passado, o BTG Pactual também revisou para baixo o preço-alvo, cortando de R$ 33 para R$ 17. Os analistas indicaram que a alavancagem era um tema de atenção nos próximos relatórios da companhia.

Outro banco que apresentou preocupações com o ticker foi o JP Morgan que fez um corte muito parecido com o da XP, de R$ 19 para R$ 8,50. Os analistas indicam que a empresa deve atingir essa nova cotação até dezembro do ano que vem.

“Supondo que a negociação mencionada seja concluída com sucesso, a reestruturação de seus títulos provavelmente será o foco seguinte, aproveitando o negócio de carga da Azul”, pontuaram os especialistas do banco norte-americano.

“Relatos indicam que isso pode desbloquear até US$ 400 milhões em capital novo para a empresa. Além disso, não descartamos a possibilidade de uma nova capitalização de ações se as ações se recuperarem após a aprovação de uma nova estrutura com os arrendadores”, complementaram.