Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54) decolam na B3 com rumores de fusão e 'short squeeze’
Mesmo sem fato relevante divulgado, os papéis dispararam em meio a rumores de short squeeze e expectativas de uma fusão no setor aéreo.
A Azul (AZUL4) se manifestou na noite desta sexta-feira (27) sobre as notícias que apontam para um avanço da renegociação de dívidas da companhia e impulsionaram as suas ações nos últimos dias.
Em comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Azul disse que as negociações seguem um "bom ritmo". Contudo, ressaltou que ainda não há um acordo final sobre o assunto.
🗣️ "Apesar do bom ritmo das negociações entre a Companhia e seus principais stakeholders, no momento, não há documento vinculante firmado, e os termos e condições de eventual reestruturação ainda estão sujeitos à discussão e definição pelas partes envolvidas", declarou.
Com uma dívida bilionária para vencer no curto prazo, a Azul busca uma renegociação com arrendadores de aeronaves. Uma das opções em estudo é converter parte da dívida em ações, o que faria com que os arrendadores ganhassem uma participação acionária na Azul.
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De acordo com a "Exame", a Azul já teria chegado a um acordo com 90% dos arrendadores e tem a expectativa de concluir essa negociação nos próximos dias. A companhia, no entanto, não falou em números ou prazos no comunicado desta sexta-feira (27).
✈️ A empresa disse apenas que está em "negociações ativas" e que seus "stakeholders têm se mostrado favoráveis às discussões referentes aos planos para otimização da estrutura de capita da Companhia, fazendo com que as negociações continuem avançando".
As ações da Azul subiram 6,06% nesta sexta-feira (27) e já haviam saltado 10% na véspera diante das notícias sobre o avanço das negociações. Com isso, garantiram um saldo semanal positivo mesmo diante do rebaixamento da nota de crédito da empresa pela Fitch.
Mesmo sem fato relevante divulgado, os papéis dispararam em meio a rumores de short squeeze e expectativas de uma fusão no setor aéreo.
Papel reage na B3, mas acumula queda de 96% desde 2023 e lidera desvalorizações do ano.