AMER3: MPF denuncia 13 ex-executivos da Americanas por fraude bilionária
Entre os denunciados, destacam-se o ex-presidente executivo da empresa e a ex-presidente executiva da B2W.
🚨 Apesar de avanços operacionais recentes, a Americanas (AMER3) ainda enfrenta um longo caminho até deixar para trás os efeitos da maior crise de sua história.
A projeção é do próprio presidente da varejista, Leonardo Coelho, que reconhece que a empresa continuará em “modo de recuperação” por pelo menos cinco ou seis trimestres.
A declaração foi dada durante teleconferência com analistas e investidores, após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024.
No pregão de hoje (27), as ações da companhia despencaram cerca de 25% na B3 (B3SA3), por volta das 14h20, refletindo a frustração do mercado com o ritmo lento da retomada.
Segundo Coelho, a Americanas está apenas no começo de uma reestruturação profunda que demanda tempo e cautela.
“Sempre dissemos que é um processo longo. Não se consegue fazer uma recuperação que deixe a companhia preparada para o longo prazo acelerando além do que a ela suporta”. afirmou.
No quarto trimestre de 2024, a varejista registrou um prejuízo líquido de R$ 586 milhões.
O resultado operacional, medido pelo Ebitda, ficou praticamente zerado — reflexo de um ano em que o foco esteve menos nos litígios e mais na operação do dia a dia.
A Americanas tenta se reorganizar após a revelação, em janeiro de 2023, de inconsistências contábeis bilionárias ligadas ao chamado “risco sacado”.
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Na época, a companhia acumulava dívidas superiores a R$ 40 bilhões, o que a levou a entrar com pedido de recuperação judicial.
De acordo com a diretora financeira Camille Loyo Faria, a expectativa da empresa é concluir esse processo até o fim de fevereiro de 2026.
“Até lá, devemos ter cumprido cerca de 99% do plano de reestruturação aprovado pela Justiça”, afirmou.
Uma das etapas previstas no plano é a venda da rede Hortifruti Natural da Terra (HNT), especializada em alimentos frescos e com forte presença na cidade de São Paulo.
O processo, no entanto, foi suspenso no fim de 2023, diante de propostas consideradas pouco vantajosas.
Camille enfatizou que o mercado criou uma falsa percepção de urgência sobre a venda. “ao longo de 2025, em algum momento, faremos esse processo de venda”, pontuou.
📊 A mensagem da atual gestão é clara: não haverá atalhos. A Americanas está priorizando a reestruturação operacional para construir uma base sólida antes de tentar voltar a crescer de forma consistente.
Entre os denunciados, destacam-se o ex-presidente executivo da empresa e a ex-presidente executiva da B2W.
Efeitos da recuperação judicial levaram a um lucro R$ 8,3 bilhões no acumulado do ano.