Americanas (AMER3) capta R$ 12,1 milhões com composição acionária e aumento de capital

O anúncio ocorre em meio a investigação da Operação Disclosure.

Author
Publicado em 02/07/2024 às 09:37h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 02/07/2024 às 09:37h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio
Os recursos serão utilizados para o resgate de debêntures (Shutterstock)

A Americanas (AMER3) anunciou nesta terça-feira (2), a captação de R$ 12,1 milhões através do exercício do direito de preferência no aumento de capital da empresa. Os recursos serão utilizados para o resgate de debêntures, buscando reduzir o endividamento da companhia e fortalecer sua estrutura financeira.

💰 Com base nas subscrições realizadas até o momento, a composição acionária atual é a seguinte: 49,2% pertence a acionistas de referência e suas afiliadas, 47,6% aos credores e 3,2% aos demais acionistas. Adicionalmente, os credores quirografários opção II receberão suas contrapartidas em ações, debêntures e dinheiro após a realização do leilão reverso.

Leia também: Americanas (AMER3): Ex-executivos venderam R$ 287 mi em ações antes do anúncio de rombo

O anúncio chega em meio à Operação Disclosure, que investiga uma suposta participação de ex-diretores da Americanas em uma esquema de fraude contábil que totalizou R$ 25,3 bilhões. A fraude foi identificada na empresa em 2022 e gerou grande repercussão no mercado financeiro brasileiro. Segundo a Polícia Federal, as penas dos investigados podem chegar a 26 anos de prisão.

💲A 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro determinou o sequestro de bens e valores superiores a R$ 500 milhões de ex-diretores da AMER3, investigados por crimes relacionados ao rombo bilionário da empresa. A medida visa garantir o ressarcimento de possíveis danos causados pelas fraudes, segundo informações do jornal "Folha de São Paulo".

Na última semana de junho, Miguel Gutierrez, um dos ex-CEOs investigados, foi detido em Madri, na Espanha. Antes de deixar o Brasil, Gutierrez teria liquidado bens como imóveis além de transferir os recursos para o exterior por meio de offshores em paraísos fiscais. Já no dia 1º de julho, a ex-diretora da empresa, Anna Saicali, se entregou e voltou ao Brasil. Ela também foi apontada como uma das principais responsáveis pelas fraudes contábeis.