Americanas (AMER3): Auditoria aprova contas de 2022 com ressalvas

A empresa está em recuperação judicial.

Author
Publicado em 08/10/2024 às 10:51h - Atualizado 8 dias atrás Publicado em 08/10/2024 às 10:51h Atualizado 8 dias atrás por Elanny Vlaxio
As receitas da varejista totalizaram R$ 3,11 bilhões no 2T24 (Imagem: Shutterstock)

Após análise do relatório da administração e das demonstrações financeiras de 2022, o Comitê de Auditoria da Americanas (AMER3), atualmente em processo de recuperação judicial, divulgou seu parecer oficial. 

✍️ Em parecer unânime, o comitê de auditoria atestou a conformidade das demonstrações financeiras da empresa referentes ao exercício de 2022, ressalvando a necessidade de cautela em virtude das investigações em curso. 

Leia também: BRCR11: Fundo imobiliário anuncia pagamento de dividendos de R$ 0,50 por cota

Já em comunicado oficial, a empresa informou que as investigações em curso apontam, preliminarmente, para a ocorrência de fraudes praticadas pela gestão anterior. 

🔎 As investigações preliminares sobre as fraudes contábeis levaram a Americanas a realizar uma revisão completa de suas demonstrações financeiras históricas. 

De acordo com a empresa, a falta de confiabilidade dos dados anteriores, decorrente das irregularidades, tornou o processo de revisão mais complexo e demorado.

Empresa teve prejuízo no 2º trimestre

A Americanas registrou um prejuízo líquido de R$ 1,86 bilhão no segundo trimestre de 2024, representando um aumento de 48,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Na outra ponta, as receitas da varejista totalizaram R$ 3,11 bilhões no período, apresentando uma queda de 8,6% na comparação anual.

💰 A companhia apresentou um lucro líquido de R$ 433 mil no primeiro trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 1,94 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior. As receitas da empresa cresceram 3% no período, atingindo R$ 3,74 bilhões.

O segundo semestre de 2024 foi marcado por uma melhora no desempenho operacional da empresa, com um Ebitda de R$ 1,34 bilhão, contrastando com o resultado negativo do ano anterior. O Ebitda ajustado também apresentou um resultado positivo, alcançando R$ 265 milhões.

No entanto, a dívida total da varejista apresentou um crescimento no primeiro semestre de 2024, passando de R$ 33,4 bilhões em dezembro de 2023 para R$ 38,9 bilhões em junho. Esse aumento pode ser atribuído principalmente à captação de recursos por meio de debêntures de curto prazo, disse a varejista.