Americanas (AMER3) prevê ‘virada de página’ apenas em 2026; entenda
A Americanas tenta se reorganizar após a revelação, em janeiro de 2023, de inconsistências contábeis bilionárias.
🔎 O MPF (Ministério Público Federal) denunciou na última segunda-feira (31) 13 ex-executivos e funcionários da Americanas (AMER3), acusados de fraude bilionária estimada em R$ 25,3 bilhões.
Entre os denunciados, destacam-se o ex-presidente executivo da empresa, Miguel Gutierrez, e a ex-presidente executiva da B2W, responsável pela área digital, Anna Saicali. O texto diz que Gutierrez 'planejou, ordenou e executou' a fraude.
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“Enquanto comandava as Lojas Americanas, Gutierrez estava ciente de todas as fraudes praticadas, inclusive sugerindo ele mesmo alterações nos balanços que seriam anunciados“, afirmou o MPF.
O documento também diz que o ex-presidente executivo, 'por livre vontade e consciência, em 28 oportunidades', praticou fraude com o propósito de 'elevar ou manter elevada a cotação e o preço de valores imobiliários (especialmente ações das empresas Americanas S.A, B2W e Lojas Americanas)'.
💸 No dia 11 de janeiro de 2023, a Americanas informou a existência de um rombo contábil bilionário. Naquela ocasião, a companhia comunicou a identificação de 'inconsistências em lançamentos contábeis' nos balanços corporativos, totalizando cerca de R$ 20 bilhões.
Sergio Rial, que assumiu a presidência após a saída de Miguel, decidiu deixar o comando da empresa após apenas nove dias de gestão. Logo depois, os acionistas da empresa começaram a vender suas ações, o que fez com que as ações da empresa caíssem quase 80% em um único dia.
Além disso, a Americanas solicitou recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro em 19 de janeiro de 2023, resultando na retirada de suas ações da B3. No entanto, a empresa só obteve aprovação para o plano em 19 de dezembro daquele ano, onze meses depois. A dívida final apresentada no plano ultrapassou R$ 50 bilhões.
A Americanas tenta se reorganizar após a revelação, em janeiro de 2023, de inconsistências contábeis bilionárias.
Efeitos da recuperação judicial levaram a um lucro R$ 8,3 bilhões no acumulado do ano.