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Ambipar (AMBP3) comunicou na quarta-feira (22) que a fatia do controlador Tércio Borlenghi Junior na empresa caiu de 67,68% para 59,54%. Em carta anexada ao documento, Borlenghi afirmou que a diminuição de sua participação ocorreu de forma “indevida” e que Plural Investimentos e Opportunity seguem “executando” ações do controlador via fundo Everest.
Ele ainda destacou que, nos últimos dias, perdeu mais de 136 milhões de ações ordinárias da companhia. "Em razão disso, a participação detida pelo Controlador, direta e indiretamente, no capital social total e votante da Companhia foi indevidamente reduzida mais uma vez, agora de 1.130.610.160 ações ordinárias, correspondente a 67,68% do capital social, para 994.610.160 de ações ordinárias, correspondentes a 59,54% desse capital social", diz a nota.
💰 A decisão chega dias após a Ambipar tomar uma decisão urgente de
recuperação judicial devido à falta de caixa e ao risco de ter que pagar dívidas que somam bilhões de reais. O pedido também abrange outras empresas do grupo, como a Environmental ESG Participações. Nos Estados Unidos, a Ambipar Emergency Response, integrante do grupo, entrou com pedido de falência segundo o Capítulo 11.
A empresa explicou que as medidas foram motivadas por suspeitas de irregularidades em operações financeiras (swaps) realizadas pela antiga diretoria financeira. O episódio comprometeu a confiança do mercado e levou alguns credores a exigirem pagamento antecipado de dívidas. A situação se agravou no final de setembro, quando as ações da Ambipar despencaram após a troca do diretor financeiro.
💸 Os rumores sobre o pedido de recuperação judicial surgiram em 7 de outubro. A decisão veio logo após a empresa obter uma liminar da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que suspendia temporariamente o vencimento antecipado de suas dívidas durante uma disputa com o Deutsche Bank. O banco cobrou um complemento de US$ 35 milhões.