Allos (ALOS3) pagará R$ 153 milhões em dividendos; confira os detalhes
Segundo fato relevante divulgado pela companhia, os proventos serão pagos em três parcelas.
🚨 O segundo trimestre de 2025 promete movimentar o setor de shopping centers na B3, com Allos (ALOS3), Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTI11) no radar dos investidores.
Segundo a XP Investimentos, o destaque desta temporada deve ser a Allos, que pode apresentar os números mais sólidos entre as três empresas, combinando eficiência operacional, controle de custos e retorno aos acionistas.
Para a XP, a Allos deve apresentar lucro ajustado por ação 4% maior na comparação anual, mesmo com um crescimento modesto de receita.
A expectativa é de R$ 642 milhões em receita líquida, alta de 3% frente ao segundo trimestre de 2024. O desempenho é impulsionado principalmente por:
A companhia ainda manteve inadimplência sob controle e taxa de ocupação elevada, o que sustenta a geração de caixa.
Outro destaque é a margem EBITDA projetada em 73,2%, crescimento de 2,1 pontos percentuais. A estratégia de recompra de ações também foi bem recebida, reduzindo o número de papéis em circulação e impulsionando o lucro por ação.
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A Multiplan deve reportar alta de 16% na receita líquida, amparada pelo desempenho robusto das vendas dos lojistas — que cresceram 17,3% em abril e 14,6% em maio — além do reajuste dos aluguéis. A ocupação nos shoppings deve subir para 96,5%.
Por outro lado, o FFO (lucro operacional) pode cair 20% no comparativo anual, refletindo o aumento das despesas financeiras e maior peso do setor de desenvolvimento imobiliário, que possui margens mais baixas.
Ainda assim, a margem operacional estimada em 92,7% reforça a solidez da companhia.
A Iguatemi também deve registrar um trimestre positivo em vendas e receita, com alta de 18% na receita líquida.
O desempenho será puxado pelos reajustes de aluguel, aquisições de ativos como Pátio Higienópolis e Paulista, e boa performance no segmento de luxo. A taxa de ocupação deve chegar a 96,7%.
No entanto, a margem de lucro deve cair de 48,3% para 38,3%, com o FFO recuando 7%, devido ao maior consumo de caixa das recentes aquisições e à pressão nos resultados financeiros.
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O panorama geral para o setor de shoppings é positivo do ponto de vista operacional. A XP aponta crescimento médio de 12% nas receitas das empresas que cobre, com inadimplência controlada e ocupação média de 96,5%.
Entretanto, o custo elevado da dívida, ainda influenciado pela taxa de juros, limita o avanço dos lucros líquidos e dos dividendos. Mesmo com vendas fortes e gestão eficiente, o impacto dos juros elevados reduz a rentabilidade final das companhias.
Segundo fato relevante divulgado pela companhia, os proventos serão pagos em três parcelas.
A vigência dos contratos será de dez anos, com início programado para 1º de julho de 2025.