Weg (WEGE3): Balanço do 4T24 derruba ações para menor valor desde julho
Mercado reagiu mal à retração da margem Ebitda. Com isso, ações voltaram a ser negociadas abaixo dos R$ 50.
📊 Os investimentos da WEG (WEGE3) no México seguem inalterados, apesar do recente anúncio do governo dos Estados Unidos sobre a aplicação de tarifas de 25% às importações mexicanas.
A informação foi confirmada pelo diretor financeiro da companhia, André Rodrigues, que reforçou o compromisso da empresa com suas operações no país latino-americano.
Em uma teleconferência com analistas, Rodrigues destacou que a companhia monitora os desdobramentos da decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, mas que, até o momento, não há razões para rever seus planos.
"Ainda há muitas incertezas no cenário, e faltam detalhes sobre os impactos reais dessas tarifas. No entanto, o México continua sendo um polo estratégico para a WEG, tanto em termos de exportação quanto para abastecer o mercado interno", explicou.
A fabricante brasileira de equipamentos elétricos anunciou anteriormente investimentos no país como parte de sua estratégia de crescimento internacional. Segundo Rodrigues, esses planos permanecem inalterados.
"Não temos nenhuma indicação, neste momento, de que a política tarifária exigiria uma reavaliação de nossa atuação no México", acrescentou.
O governo dos Estados Unidos, sob liderança de Donald Trump, confirmou que as tarifas de 25% sobre produtos importados do México começarão a valer a partir de 4 de março.
A justificativa para a medida é a tentativa de conter o fluxo de drogas para o território norte-americano, segundo o próprio presidente.
A decisão gerou repercussão entre indústrias que possuem operações no México, dada a forte interdependência entre as cadeias produtivas dos dois países.
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O México é um dos principais parceiros comerciais dos EUA, e muitas multinacionais utilizam suas fábricas no país para atender tanto o mercado norte-americano quanto outras regiões.
Especialistas do setor avaliam que as tarifas podem gerar impactos significativos para empresas que dependem de importação dos produtos mexicanos para os Estados Unidos, mas ressaltam que companhias com presença global, como a WEG, podem ter maior flexibilidade para mitigar possíveis impactos.
A postura da WEG reflete sua estratégia de longo prazo, que visa expandir sua atuação internacional sem depender exclusivamente de um único mercado.
A empresa tem presença consolidada em diversos países e mantém um plano de investimentos robusto para ampliar sua capacidade produtiva e atender a crescente demanda por seus produtos.
Ainda que o cenário internacional traga desafios, a companhia brasileira demonstra confiança na resiliência de suas operações e na diversificação geográfica como um fator-chave para sustentar seu crescimento.
📈 O México segue como um pilar relevante dentro dessa estratégia, independentemente das recentes mudanças na política tarifária dos Estados Unidos.
Mercado reagiu mal à retração da margem Ebitda. Com isso, ações voltaram a ser negociadas abaixo dos R$ 50.
A margem Ebitda atingiu 22,1%, um aumento de 0,7 ponto percentual.