Vivo (VIVT3) bate o martelo e agenda fim do telefone fixo no Brasil; entenda

Empresa manterá serviço apenas em cidades sem concorrência, conforme acordo fechado com a Anatel.

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Publicado em 16/12/2025 às 19:33h - Atualizado 8 horas atrás Publicado em 16/12/2025 às 19:33h Atualizado 8 horas atrás por Wesley Santana
Telefone fixo é instalado em residências e escritórios (Imagem: Shutterstock)
Telefone fixo é instalado em residências e escritórios (Imagem: Shutterstock)

Para muitos pode parecer uma realidade distante, mas muita gente ainda mantém o serviço de telefone fixo no Brasil. No entanto, isso deve mudar nos próximos dias, quando a Vivo (VIVT3) deve encerrar a oferta deste produto.

A decisão da companhia vem depois que o número de assinantes do telefone fixo despencou no país. O espaço foi ocupado pelo telefone celular, que entrega mais mobilidade e baixo custo aos usuários.

O serviço será encerrado em 31 de dezembro, quando termina o regime de concessão do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC). A empresa passa a ser, portanto, não mais uma concessionária de telefone fixo, e sim uma operadora de regime privado com autorização.

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A Vivo deve manter o serviço fixo em algumas cidades do país, apenas aquelas onde atua como única operadora de telefonia fixa. Segundo o termo assinado, o serviço deve permanecer ativo até 2028 em 373 municípios, quando será descontinuado de vez.

“Temos compromissos de investimento em 5, 10 e até 20 anos, incluindo cobertura móvel, ‘backhaul’ de fibra e continuidade do serviço onde somos a única operadora”, afirmou ao jornal Correio do Estado.

A empresa firmou outro contrato com a Anatel, este para investimentos em outras frentes de telecomunicações. Ao longo dos próximos 20 anos, a empresa deve aportar cerca de R$ 4,5 bilhões em áreas como fibra óptica e aumento da cobertura da rede móvel no país.

A Vivo é uma das três maiores operadoras do país, com mais de 100 milhões de usuários, entre assinantes de internet banda larga e celular. Além disso, também avança para atuar em outros segmentos, como o financeiro.

Redução de capital

Na semana passada, a Vivo informou que deve fazer uma redução de capital de quase R$ 4 bilhões. Desta forma, a companhia vai restituir os acionistas até 31 de julho de 2026, conforme fato relevante divulgado.

Essa é a segunda proposta de redução de capital feita pela companhia em cerca de um ano. Em novembro do ano passado, o Conselho de Administração já havia autorizado a mesma operação, mas com diminuição de R$ 2 bilhões em capital social.

“Esta operação de redução de capital social objetiva aprimorar a estrutura de capital da companhia, o que permitirá a flexibilização da alocação de seu capital, gerando equilíbrio entre sua necessidade de recursos e a geração de valor aos seus acionistas”, disse a companhia no fato relevante.