Vivara (VIVA3): Mudanças na diretoria assustam investidores; ações reagem

O Bradesco BBI, em relatório, expressou a expectativa de que esses cargos sejam preenchidos até o terceiro trimestre de 2024.

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Publicado em 06/06/2024 às 17:53h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 06/06/2024 às 17:53h Atualizado 3 meses atrás por Matheus Rodrigues
Imagem: Shutterstock.

📉 A Vivara (VIVA3) enfrenta uma onda de mudanças em sua alta gestão, que tem afetado a percepção de risco das suas ações, as quais já acumulam uma queda de mais de 36% em 2024.

A mais recente alteração na equipe foi a renúncia de Marina Kaufman, Diretora de Marketing e Recursos Humanos e filha do Presidente do Conselho, Nelson Kaufman.

Ela continuará atuando no Conselho de Administração, numa decisão que a empresa descreve como parte do processo de profissionalização.

A reunião do conselho que oficializou a saída de Marina também aprovou a nomeação de três novos diretores estatutários: Leonardo Bichara para Marketing, Icaro Borrello para um cargo ainda sem designação específica, e Gianpiero Sperati para Recursos Humanos.

A rotatividade em cargos chave na empresa não é novidade, visto que, desde o final do último ano, outros quatro executivos de alto nível deixaram seus postos, deixando pendentes ainda as posições de Diretor Financeiro e de Produto.

O Bradesco BBI, em relatório, expressou a expectativa de que esses cargos sejam preenchidos até o terceiro trimestre de 2024.

Apesar dessas mudanças frequentes poderem complicar a execução e operação da empresa, o Bradesco BBI destaca que os fundamentos de premium da Vivara ainda estão sólidos.

No entanto, adverte que a alta rotatividade eleva o risco de uma potencial deterioração desses fundamentos.

📊 Atualmente, as ações da Vivara estão sendo negociadas a um múltiplo P/L de 10 vezes para 2025, alinhado com a Lojas Renner (LREN3) e com um desconto de 10% em comparação ao combinado de Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3).

O Bradesco BBI mantém a recomendação outperform para a Vivara, com um preço-alvo de R$ 31, apontando que o atual valuation incorpora uma deterioração significativa dos fundamentos, considerada pelo banco como injustificada.

Porém, a consistência nos resultados futuros será crucial para mitigar essas preocupações.