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A Vibra Energia (VBBR3) recusou os termos da proposta de combinação de negócios apresentada pela Eneva (ENEV3). A empresa disse que a relação de troca apresentada é "injustificável" e não possui "qualquer atratividade" para os seus acionistas. Porém, indicou que ainda pode avaliar o negócio, desde que a Eneva aceite "melhorar significativamente" as suas condições.
"O Conselho de Administração analisou a proposta e acreditamos que a relação de troca indicada é injustificável. Fica evidente que os termos de troca propostos para a combinação pretendida pela Eneva não possuem qualquer atratividade para os acionistas da Vibra", anunciou a companhia, em fato relevante publicado na noite desta terça-feira (28), dois dias depois do recebimento da proposta da Eneva.
A Vibra considera "essencial maior esclarecimento sobre o modelo de governança pretendido, caso a combinação de negócios venha eventualmente a ser consumada". Por isso, afirmou que seguirá atenta a "uma eventual nova manifestação da Eneva, caso seja de seu interesse melhorar significativamente os termos apresentados, detalhando elementos necessários para o bom entendimento de uma eventual nova proposta de combinação".
A empresa, portanto, não fechou completamente as portas para a possibilidade de combinação de negócios com a Eneva. Pelo contrário, afirmou que, se a Eneva optar por redesenhar a proposta, vai engajar os seus assessores em "tratativas em fórum privado típico de potenciais transações desta natureza".
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"Não entramos no mérito estratégico de uma possível fusão neste momento. Contudo, as potenciais sinergias indicadas na proposta precisam ser aprofundadas e foram, em grande medida, baseadas na solidez da nossa própria estrutura de capital e base única de clientes", afirmou a Vibra.
Ao anunciar o desacordo com os termos apresentados pela Eneva, a Vibra também agradeceu o interesse da empresa e o "reconhecimento dos méritos da plataforma de negócios da Vibra". A companhia disse ainda que tem construído uma trajetória de crescimento "de forma independente e com um modelo de governança sólido, em perfeito funcionamento".
Antiga BR Distribuidora, a Vibra ressaltou que é líder na distribuição de combustíveis no país e disse que continua a identificar vetores de crescimento para os seus negócios. Por isso, afirmou possuir escala, equipe e recursos suficientes para conduzir esse processo de crescimento, tanto no segmento de distribuição de combustíveis, quanto em novas áreas, voltadas para fontes de energia, conveniência e mobilidade.
A Eneva confirmou o recebimento da resposta da Vibra ainda na noite desta terça-feira (28). A companhia disse apenas que "avaliará tal resposta oportunamente" e manterá o mercado informado "a respeito de novos desdobramentos relevantes a respeito deste tema".
A companhia enviou uma proposta não-vinculante de combinação de negócios para a Vibra no domingo (26). Segundo a Eneva, a união criaria a maior distribuidora de combustíveis, a maior plataforma de geração termoelétrica e uma das maiores plataformas de energias renováveis do Brasil. Em valor de mercado, a companhia combinada só ficaria atrás da Petrobras (PETR4) e da Eletrobras (ELET6).
Para a Eneva, os seus negócios seriam complementares aos da Vibra. Por isso, a combinação poderia "implicar em ganhos significativos de eficiência e de alocação de capital". A companhia ainda falou em uma "estrutura de governança robusta e equilibrada" e afirmou que, se aprovada, a combinação seria realizada nos "moldes de uma fusão de iguais, com os acionistas de cada lado representando 50% da base acionária da companhia combinada".
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