Vale (VALE3) se aproxima da mínima do ano na B3: Veja o que diz a empresa

Ações da Vale fecharam abaixo dos R$ 50, após recuarem 4,24% nesta semana.

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Publicado em 21/06/2025 às 14:02h - Atualizado 4 minutos atrás Publicado em 21/06/2025 às 14:02h Atualizado 4 minutos atrás por Marina Barbosa
Vale atribui queda à variação dos preços do minério de ferro (Imagem: Shutterstock)

A Vale (VALE3) teve mais uma semana de queda na B3. Com isso, suas ações fecharam abaixo dos R$ 50, aproximando-se da mínima do ano.

📉 O papel da Vale recuou 4,24%, a R$ 49,92. É a segunda vez no ano que o ativo fecha abaixo dos R$ 50. A primeira havia sido em 8 de abril, quando o papel fechou a R$ 49,20.

O baque foi registrado mesmo depois de a companhia obter uma licença para avançar com um projeto que promete ampliar a sua produção de cobre no Pará, na segunda-feira (16). É que as oscilações dos preços internacionais do minério de ferro ofuscaram essa boa notícia nos dias seguintes.

A Vale chegou a ser questionada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre a oscilação dos papeis na última terça-feira (17). Afinal, saltou 3,26% na segunda-feira (16) diante do avanço no Pará e da possibilidade de que Israel e Irã tentassem um acordo para pôr fim ao conflito no Oriente Médio. Contudo, afundou 4,50% no dia seguinte.

O que disse a empresa?

⚒️ A empresa disse, então, que essa oscilação possivelmente era explicada pelas "variações nas condições dos mercados em que opera, especialmente quanto às perspectivas de demanda global, desempenho de siderurgia e preço de minério de ferro".

Como observou a Vale, o minério de ferro vem caindo na Bolsa de Dalian devido às "incertezas quanto à demanda global, especialmente por parte da China, principal importadora da commodity, além das tensões geopolíticas no Oriente Médio e dos impasses comerciais entre China e Estados Unidos".

Na B3, essa desvalorização pressiona especialmente os papeis da Vale, "tendo em vista a predominância dessa commodity na receita da companhia". Só no primeiro trimestre deste ano, o minério de ferro representou aproximadamente 79% da receita líquida de vendas da companhia.

Recomendações distintas

📊 Diante disso, investidores e analistas têm mantido uma postura de cautela diante da Vale. O BTG Pactual e a XP, por exemplo, têm uma recomendação neutra para o papel no momento. Já o Safra tem uma recomendação de compra, mas cortou o preço-alvo de R$ 72 para R$ 68 em maio. Itaú BBA e Genial também recomendam a compra.

Resta ver, portanto, se as ações da Vale continuarão sendo negociadas abaixo dos R$ 50 na próxima semana. Afinal, o papel vem se sustentando acima dessa marca desde 2020. Em 8 abril, por exemplo, bateu R$ 49,20 e chegou a tocar na mínima de R$ 48,77 no dia seguinte, mas logo depois engatou uma recuperação, voltando a fechar acima dos R$ 50.